22 de agosto de 2007

nem todo início é verdadeiro

a primeira vez que eu comecei a escrever em blogs foi em 2001, um pouco depois de fazer 15 anos. meu aniversário é no 11 de setembro, então aquele ano só por isso já seria uma bagunça completa, sem precisar de mais muita coisa. mas desgraça, aleatoriedades e formigas nunca aparecem sozinhas, são sempre em bando. então, 2001 pra mim foi o ano que começou a marca de aleatoriedade e caos que é indelével na minha vida. sério, eu deixo um rastro de desastre por onde eu passo (não entendam isso como reclamação, eu me divirto pra caralho com o caos. mas é fato: eu sou um desastre com perninhas e bracinhos). comecei no blogger, fui pro weblogger, comprei um domínio na época que todo mundo que tinha blog aos 15-20 anos comprava e, pelo que o blogger me diz de estatísticas daquela época (e pelos arquivos que estão guardados nessa conta ainda) eu escrevi mais de 500 posts só nele. sem contar, é claro, o livejournal e as contas que eu tive lá, pra panelinha que queria/podia ler.
"e daí, 500 posts pra falar de quê?" de nada, uai. blog de adolescente, compreende? o cefet, a dança, namorados, amigos, filmes, passeios, brigas com a mãe (essas são sempre presentes quando o autor é dessa faixa etária. existiam séries inteiras de posts sendo feitos escondidos porque minha mãe sumia com o cabo da internet. eu, é claro, tinha ciiiiiiinco cabos reservas e conectava escondida de madrugada pra burlar o castigo). e daí eu fico pensando que, se escrever agora, não vai ser tão diferente. "plus ça change, plus ça reste la meme chôse". ou la meme merde. falar de facul, namorado, dança, francês, baladas, amigos, brigas com a mãe? (é, eu ainda brigo com a minha mãe. pretendo continuar brigando pelo resto da vida, sabe como é... pra relação não ficar monótona!)
o problema é que eu viciei em escrever. falar da minha vida pros outros. eu sou uma matraca sempre. não calo a boca, é difícil me ver quietinha, concentrada num canto. estou sempre gesticulando, falando alto, derrubando copos durante conversas, cantando alto, falando até sozinha, com as paredes, com o gato (o pudim até aprendeu a responder, cara! ele não fala, mas mia em todas as horas certas do diálogo). escrever em diário de papel não anda sendo suficiente. eu estou extrapolando, escrevendo no caderno no meio da aula, escrevendo em guardanapos, escrevendo em folhetinhos aleatórios e, esses dias, até na mão. como o reverendo sempre diz, blogs são pra iniciar conversações. e eu acho que eu cansei de falar sozinha (ou talvez eu esteja com medo que as pessoas na "first life", no mundo real, tenham suas cabeças explodidas pela torrente de palavras que eu não paro de lançar) quem sabe isso aqui ajude?

3 comentários:

Anônimo disse...

Hey-a, the-ah!
Engraçado tu iniciares teu novo blog assim. Estou com o meu parado há algumas semanas, pro mór de colocar as idéias no lugar, arear a cabeça, espairecer, desopilar. Já rascunhei mentalmente diversos retornos, mas nunca apertei o teclado. Prefiro deixar a ansiedade passar e a respiração voltar ao normal.
Enfim... entendo que da mesma forma que tu (ou eu, ou ele, ou nós, vós e eles) gostas de expor tua vida, eu (ou tu, ou ele...) gosto do voyeurismo. Acompanhar a vida das pessoas, que na grande maioria das vezes são desconhecidas, em pequenos nacos de letras, textos, parágrafos e imagens, de tempos em tempos.
Obrigado por compartilhar o que quer que você compartilhe. Serei um aqui a acompanhar.

Ang disse...

Um ótimo primeiro post


Resumo perfeito desse infinito compacto que é a Simone!


E viva as aleatoriedades!! \o/

Letícia Simoni Junqueira disse...

blablabla blablabla blablabla, whiskas sachet!

hahahahahahahahahahahaha!