14 de maio de 2010
30 de abril de 2010
pra que terminar o que se começa, mesmo?
Aliás, nada muda. Parece que a vida é um looping jacú de cenas, pessoas e lugares. Curitiba, então, é o melhor lugar pra ficar tropeçando no passado, visto a natureza de ervilha dessa cidade. Todo mundo se conhece, todo mundo te conhece e todos frequentam os mesmos locais. Dá vontade de se afogar num balde.
-And-
I certainly haven't been spreading myself around
I still only travel by foot and by foot, it's a slow climb,
But I'm good at being uncomfortable, so
I can't stop changing all the time"
metal heart
o vídeo não tem nada a ver com nada, é só pelo fato de eu estar viciadíssima em cat power. apaixonei por chan, não tem mais volta
29 de abril de 2010
será que a receita funciona com yakult também?
eu li "o mundo de sofia" na quarta série. só esse fato seria suficiente pra me garantir alguns anos de análise, não pelo livro em si, mas pela criaturinha bizarra que eu era naquela época.
digamos que eu não era uma criança lá muito comum. minha família não é das mais normais, nossa rotina é bastante peculiar. isso é praticamente andar pelo colégio com uma placa de "oi, sou um saco de pancadas". e considerando que eu estudei da terceira até a sétima série num colégio ótimo onde, infelizmente o bullying era endêmico, eu não tive lá momentos muito fáceis. e dá-lhe mais alguns anos de análise.
*****
se eu pudesse, me acorrentava no farol de biarritz pra não voltar mais. não porque aqui seja melhor, ou qualquer coisa piegas relacionada ao lugar, mas porque eu gosto muito da pessoa que eu me tornei aqui.
tem gente que não gostou muito dessas mudanças, infelizmente. o que você faz quando alguém olha pra você e diz algo nas linhas de "antes a gente dizia algo e você sempre dava um jeito de nos agradar, mas agora você fica dando opinião e se impõe e a gente não gosta disso"? oi? no meu caso, fiz o seguinte: volte pra casa, encontre os amigos, faça uma festa, aproveite a neve, faça outra festa, aproveite a primavera e assim por diante. keep changing and carry on.
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não dá pra agradar todo mundo, e eu nem tento mais. agradar a mim mesma já me ocupa uma parcela de tempo suficiente. e, convenhamos, se eu não agradava quando pequena, não é agora que vou conseguir, né?
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aliás, uma receita ótima que vi no twitter: misture uma dose de Johnny Walker e dois copinhos de activia num copo alto com gelo e mexa. Pronto, você tem um refrescante "Cagando e andando".
17 de abril de 2010
from Richard Yates' Revolutionary Road
“You felt that life was passing you by?”
“Sort of. I still had this idea that there was a whole world of marvelous golden people somewhere, as far ahead of me as the seniors at school when I was in sixth grade; people who knew everything instinctively, who made their lives work out the way they wanted without even trying, who never had to make the best of a bad job because it never occurred to them to do anything less than perfectly the first time. Sort of heroic super-people, all of them beautiful and witty and calm and kind, and I always imagined that when I did find them I’d suddenly know that I belonged among them, that I was one of them, that I’d been meant to be one of them all along, and everything in meantime had been a mistake; and they’d know it too. I’d be like the ugly duckling among the swans.”
“I think I know that feeling,” he said.
“I doubt it.” She didn’t look at him, and the little lines had appeared again around her mouth. “At least I hope you don’t, for your sake. It’s a thing I wouldn’t wish on anybody. It’s the most stupid, ruinous kind of self-deception there is, and it gets you into nothing but trouble.”"
8 de abril de 2010
indo e voltando
hoje eu tive um dia bem ruim, formalmente falando. recebi a notícia que o escritório de imigração perdeu pela segunda vez os meus documentos, o que me deixa teoricamente em situação irregular na frança. sem titre de sejour eu não consigo o auxilio moradia, e sem auxilio moradia eu estou falida. a responsável da faculdade me assegurou que vai conversar com o escritório amanhã, mas foi o suficiente pra me deixar bastante tensa.
em condições normais de temperatura e pressão (ou seja, no brasil ainda, ano passado), numa situação tensa dessas, eu provavelmente passaria o fim de semana um pouco chateada e o leandro me colocaria pra cima. como ele sempre faz: ia me encher de beijos, argumentar que a situação não está tão ruim, mostrar que tudo tem saída e depois me deixar escolher um sorvete ou destruir a cozinha dele fazendo alguma sobremesa. e tudo ia ficar bem, porque ele estava lá comigo. eu sempre resolvi meus problemas, mas precisava ser acalmada antes. (ansiedade, oi?)
só que no momento ele está no trabalho, do outro lado do atlântico e com cinco horas de diferença. o que eu fiz? peguei a bicicleta e saí por aí. sem rumo mesmo, pedalando pra onde tivesse alguma ciclovia, com raiva. pedalando rápido até cansar e gastar toda a raiva e frustração.
daí na volta, quando eu já estava calma, eu encontro a renata correndo. e volto pra casa andando com ela, e conversando devolta sobre o quanto a gente muda estando aqui. eu continuo querendo colo no fim do dia, mas agora eu engulo o choro e sigo em frente. e volto pra casa pra contar pra ele depois tudo, que o dia estava ruim, que agora está melhor mas que mesmo assim ele faz falta. mas está tudo bem, porque ele vai estar lá quando eu voltar.
18 de fevereiro de 2010
5 de fevereiro de 2010
confundindo franceses desde 1986
- amanhã todo mundo vai num bar cubano em biarritz dançar salsa! vamos? :D
- não sabia que vocês dançavam salsa no brasil também!
- ¬¬ a gente não dança salsa no brasil, nem fala espanhol...
- desolé, vocês dançam o que?
- samba!
- e você dança samba bem?
- ah, eu não sei dançar samba... só salsa!
- ...