16 de outubro de 2013

Quase dois anos

Quase dois anos atrás eu comecei a trabalhar por um motivo muito simples: era necessária uma atividade, qualquer uma, que me fizesse levantar de manhã, tomar banho, sair de casa, falar com ao menos uma pessoa e voltar algumas horas depois (ao contrário da rotina que eu estava levando que incluía apenas pijama, muita ansiedade e longas horas sozinha no apartamento). Dois anos atrás eu não tinha esperança alguma de gostar tanto do meu trabalho quanto hoje, e sequer imaginava que poderia estar nessa área.

Dois anos atrás eu não esperava estar em lugar nenhum. Um ano atrás eu estava chegando a todos os lugares que queria. A única coisa que não mudou esse tempo todo foi a ansiedade...

23 de julho de 2013

Dá pra saber?

Quando é que deixa de ser só cansaço e vira depressão? E inverno, existe uma medida pra separar a falta de sol de todo o resto do desânimo? Como eu posso saber se essa minha velha mania de tropeçar mais do que os outros, me bater pelos cantos e andar arrastando os pés é algo além do meu jeito estranho de sempre?

Eu sou feliz, mas tenho um "até quando?" pairando sobre a minha cabeça. Ou "quanto?", uma vez eu percebi tarde demais que já não havia sobrado muito de mim. Esse é o pior da depressão, a possibilidade infinita dela voltar. É a única certeza: você já se sentiu tão mal que preferia em alguns momentos não sentir mais nada, e parece que isso sempre vai continuar ao fundo, ameaçado cada momento bom com um final horrendo.

Eu tenho sempre medo de perceber tarde demais. Mais uma vez.