é, eu sou fã e puxa saco

hoje é blogday! você deve indicar 5 novos blogs que sejam interessantes, então...

Liberland!!! - blog de um ex-professsor meu lá do CEFET. completamente maluco, aficcionado por quadrinhos, daria o fígado e um dos rins pra juntar no mesmo canto o neil gaiman e o lourenzo mutarelli, mesmo que por alguns instantes, acredito. vale a pena dar uma olhada!

Cem Dólares - esse é mais do que novo: ainda tá cheirando a tinta. mas é da dani, que tem o livejournal a décadas e é super querida! também ama o neil gaiman e um dia vai mudar o mundo láááá da austrália (é nova zelândia, mas eu sempre erro e ela sempre me corrige!)

I don't mind a rainy day - muito gostoso de ler. o humor dela é incrível. até o irmão esquisito da vizinha sem noção fica massa lendo aqui.

Godless Liberator - ateísmo com muito humor, um veneninho e algumas questões bem colocadas. ótimo pra ler depois de uma aula de penal em que as pessoas decidiram enfiar religião no meio da discussão sobre eutanásia, dá vontade de mostrar o blog pra sala toda.

1001 gatos de Schrödinger - não é novo, mas eu sou paga-pau confessa dos reverendos.


eu fiz uma listinha preliminar e tinha mais de 10 nomes. então eu vou aproveitar e mandar vocês lerem todos (é, todos) da listinha ali do lado. vale a pena. e uma menção honrosa pro hermenauta que me deu um thumbs-up alguns dias atrás ;D

simples assim

ser mulher é um saco. hoje, dia singelo em que está fazendo 10º, eu vou ter que ficar semi-pelada na depiladora. ninguém merece! além de passar frio aquilo dói que é o diabo... acho que esse tipo de coisa é o máximo de frescura feminina ao qual eu me rendo.

não tenho a mínima paciência pra passar chapinha no cabelo e acordar horas antes pra fazer escova e me produzir todo dia. haja paciência (e futilidade, convenhamos)! imagine, perder uma hora e meia de sono pra deixar o cabelo parecendo um macarrão escorrido e passar quilos de maquiagem na cara (pra sair às 7 da manhã na rua, quer coisa mais brega?)

eu saio de all star, óculos, qualquer roupa preta que passe pela minha frente no armário e às vezes um pouco de rímel, pra tirar a cara de sono. e só. e não leva mais que 10 minutos pra ficar pronta assim. claro que, em dias que seja necessário se arrumar mais (exemplo: casamento no sábado) eu junto a paciência e viro uma barbie, mas ficar assim todo dia não dá! (coitado do meu namorado!)

nas sábias palavras da roberta close: "não tenho mais saco pra isso" (se bem que ela escolheu ser mulher e passar por essas frescuras, então...)

tarde chuvosa...

link do vídeo

dia parado, chuvoso e gostoso... :) sem muito o que falar, por enquanto...

se ela dança, eu danço

hoje na dança eu comecei a considerar seriamente a hipótese de perguntar pra professora de processo civil se é possível acionar meus pais no procon. por defeito do produto de fábrica. tava fazendo aula na turma mais avançada e de repente a professora pede um daqueles movimentos que não fazem sentido algum: "salta de costas jogando a perna direita pra trás, com o braço fazendo giro e jogando o tronco pra baixo, dá meio giro, desliza a esquerda, faz arabesque saltando com a direita e bracinhos bonitinhos, meio giro ao contrário, repete até dar de cara no espelho". não havia cristo que explicasse pro meu corpo o que fazer! recionalizar o movimento não funciona, você fica mentalizando "desce o tronco, sobe, putz, tinha que ter ido o braço junto! pular? ãh??? pra onde??? o que diabos eu faço com a minha perna??? quem sou eu? onde estou? onde está wally???" e nada acontece. me dê qualquer livro pra ler, me peça pra estudar qualquer coisa. só não me peça pra ter coordenação motora.

enquanto eu esperava a aula da turma intermediária começar, fiquei xingando internamente o meu cabelo loiro, porque claro, isso, tem que influenciar em alguma coisa. daí entrou a minha irmã pra fazer aula junto comigo, no mesmo horário. e num exercício de improvisação eu tive, por um momento, a impressão de que a gente ia acabar se matando se não tomasse muito cuidado. ela não parece em nada comigo (baixinha, magra,cabelo preto, olho verde, é bonita). é muita coincidência só nisso a gente ser igual! taí, é culpa da carga genética!!!

(vou lembrar de culpar a carga genética quando eu cair do palco na apresentação de fim de ano)

porque fofoca é um substantivo feminino!

gente, tô me divertindo horrores lendo sobre o arsebook! (achei no bereteando). é basicamente um orkut pra falar mal dos outros, imagina o caos! já existe o homem é tudo palhaço e o não saia com ele como específicos pra falar mal dessas criaturas do sexo masculino que nem sempre são uns animais: temos os exemplares vegetais também. toda mulher adora falar mal do ex, que dependendo do comportamento que teve pode ser considerado um cachorro, burro, anta, cavalo, e no mundinho vegetal um nabo, uma planta, um chuchu, coisas assim. mas falar mal de ex a gente já faz mais que o suficiente com as amigas (e esses sites já ajudam pra caramba). eu achei o arsebook divertido por um motivo: imagina só, poder fazer tudo o que a mulherada já faz pelo orkut, só que às claras! (é, tenho que ser sincera nisso... mulher AMA esse tipo de coisa. fofocar, xeretar, observar, etc. parece vício!)

eu não consegui me registrar e criar um fake (ahá!) pra xeretar, mas pensei sobre o site e comecei a ficar com um pouco de medo. eu tenho perfil em tudo quanto é lugar, mas tudo mesmo. um site desses me dá um medinho porque eu tenho um histórico vaaaasto de gente maluca atrás de mim. eu, claro, reclamo provocando (ói o tanto de links sobre a minha pessoa ali no menuzinho do lado. nem quero nada, né? faz uma procura por "simone vollbrecht" no google pra você ver!) mas desde colegas de sala xeretas a ex namoradas de namorados meus, de tempos em tempos aparece uma criatura pra atazanar a minha vida na internet. (não só na internet, uns meses atrás tinha um bizarro na real life que me fez evitar um corredor na facul por se-ma-nas! semanas!!!) vai que as ex dos meus ex se juntam com as ex do meu atual namorado e formam uma confraria de neuróticas? vai que fazem reuniões semanais, cara??? e se eu encontrar elas todas juntas, numa das reuniões, o que eu faço? distribuo autógrafos e tiro foto junto, coloco um chapéu e um bigode falso ou taco um molotov?

ano passado eu sabia que um ex meu (de quando eu tinha 15 anos, by the way) voltava a sair com uma determinada menina porque a criatura sempre aparecia na lista de "últimas visitas" do meu orkut, era bem assustador. ela sabia os meus horários, os meus itinerários e até sabia da mala azul-orkut da hello kitty que eu usava pra ir pra faculdade (tá, eu sou jacú!). imagina o que essa pessoa não faria com um site desses!

outra neurótica da minha vida foi uma garota com quem eu tive uma briga feia... erm... cof cof... na sexta série. é, lá nos idos de 98! não foi bem uma briga. ela era minha bully particular, o inferno da minha existência, e eu escolhia simplesmente continuar sendo esquisita, uai! quando me encontra na rua, ela muda de calçada. mandei scrap no orkut quando adicionei a turma toda daquela época e a criatura me bloqueou, apagou os dados pessoais do orkut e sumiu. volta e meia ela aparece xeretando a minha vida e eu morro de medo que ela tire porte de arma (de arma de fogo mesmo, não carteira de motorista!) e venha dar fim na história pra, quem sabe, poder dormir tranquila.

eu não vou me fazer de santa, também xereto a vida dos outros, só que com menos frequência. não tenho tanto saco pra acompanhar a novela da vida real alheia. nem big brother eu assisto, que dirá ficar acompanhando ao vivo (e sem reprise no multishow) alguém! uma das situações mais divertidas é com uma das poucas não neuróticas que se envolvem com ex meus. a menina tem o bom gosto de dividir o nome comigo, e logo que me passaram o perfil de orkut dela pra tirar sarro da coincidência, eu simpatizei. mas gostei mesmo da pessoa. torci quando vi que ela ia fazer vestibular e conferi uns meses depois pra ver se tinha passado. e fiquei feliz por ela quando eles acabaram, porque ele era um mala. e esses dias fui xeretar devolta pra ver como ela ia e achei ela bem feliz, de bem com a vida, parece estar se divertindo. quase mandei um e-mail pra menina, mas o coro de vozes na minha cabeça repetindo "maluca!!! maluca!!! internem!!!" me impediu. outra não tão divertida foi xeretar visitas do meu orkut, descobrir a ex do meu namorado, descobrir o blog dela e que ela coloca foto deles juntos ainda. eca! eca! eca! aí ninguém merece, eu hein! fugi correndo, com as mãos pra cima, gritando em direção às colinas e sem olhar pra trás!

já pensou se todas essas criaturas se juntam? tem aquela piadinha que diz que deus e o diabo nunca poderiam ser mulheres, porque em algum momento da existência iriam acabar conversando, iam ficar amigas e sair pra comprar sapatos e ir no cabeleireiro juntas. no orkut existem as comunidades "eu amo a tchutchuca!" ou "amigos da fulaninha" (mais um teto de vidro: eu ganhei uma dessas de um amigo), imagina as comunidades do arsebook! principalmente se o público for, como eu realmente aposto que será, composto majoritariamente por mulheres! só sei que mais da metade vai ter as palavras biscate, piranha, vagaba e suas versões menos fófix no título.


não vai ter jeito: qualquer hora a curiosidade vence e eu faço um perfil meu lá. eu sei que eu não vou me aguentar! (é, eu sou uma peste...)

walk away

tem horas que a gente tem que largar mão, desistir, jogar tudo pro alto. não adianta ficar se segurando em algo que não vai me deixar feliz, que nao vai ajudar a me deixar melhor (e a comer menos chocolates ao longo do dia), algo que só traz stress e chateação. por isso, nesse fim de semana, eu decidi cortar alguém da minha vida. dói fazer isso sim, como arrancar curativos e pagar contas, mas dói menos que ficar nessa situação que eu estou. eu sou muito lerda pra tomar esse tipo de decisão, protelo até onde dá. tem horas que essa minha inércia é uma merda e só com um chacoalhão pra eu acordar e mudar mesmo. fiquei aporrinhando duas amigas minhas no fim de semana pra chegar nessa decisão, e acho que é a acertada. preciso aprender a mandar as pessoas tomarem no cú e dar as costas. ser coração de manteiga 24h por dia, 7 dias por semana já não funciona mais, poxa!
aguardem cenas dos próximos capítulos (não sendo "vale a pena ver de novo", eu já fico feliz! tá ótemo!!!)

come on baby, light my fire

coisa boa de hoje: tem coletânea lá no cafeína!!! sempre vale a pena! e meu namorado achou o livro que eu (viciada, maluca, maníaca) pedi pra ele! quando alguém vai pros estêites, pros u-s-a, geralmente o povo pede câmera, joguinho, ipod, coisas eletrônicas aleatórias. eu sou jacú e viciada confessa, atrapalho meu namorado com livros... mas ele sabe que eu amo ele, mesmo sendo maluca assim! :* (momentinho caramelo, tô com saudades dele, poxa!)

É falta de educação calar um idiota, e crueldade deixá-lo prosseguir.

(título chupinhado, dessa vez, do benjamin franklin... valeu, chan!) agosto é mês do cachorro louco, mês do desgosto, mês do meu inferno astral (e da minha mãe também, imagina as brigas emocionantes que saem!!!). a melhor definição pra esse mês saiu no horóscopo(???) da piauí:

"Para agosto, mês de cachorro louco, Chantecler prenuncia o juízo final, cataclismos climáticos e, de quebra, problemas digestivos de toda sorte. Segundo o profeta, Deus voltará, e o segredo é parecer ocupado, ou fingir que tem pressa. Se lhe perguntarem alguma coisa (“Crê em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra?”), diga que você é inocente até que se prove o contrário e está atrasado para um compromisso."

hoje rolou stress devolta na facul, pelos mesmos motivos. eu larguei os bets! se continuar assim, toda vez que o clima tenso começar a surgir eu vou colocar as mãos nos ouvidos e cantar alto. ou sentar no canto e começar a espumar. ou rolar pelo chão, agonizando. assim não pode, assim não dá! ninguém merece! meu pai saiu pra buscar meu primo de 13 anos numa balada (é, balada! hahahaha) e eu pedi pra trazer na volta uma caixa de chocolates. vou me internar embaixo do edredon lendo stephen king com os chocolates, senão é capaz de amanhã eu matar alguém. (é, amanhã... tem aula na facul sábado de manhã... emocionante, divertido e instrutivo, né? me fudi!!!)

03:45 - no sleep

título vergonhosamente chupado de uma música do cardigans. é, minha gente, a insônia não dá folga! o problema nisso é que eu gosto de virar a noite e então não me esforço em nada pra dormir num horário mais civilizado, digamos... um que não fosse horrorizar a minha mãe!

de madrugada é mais legal, é frio, quietinho, dá pra ler numa boa, ninguém telefona querendo vender plano-hiper-mega-plus-gold de cartão de crédito ou plano de saúde. dá pra ir no supermercado sem pegar fila (e conhecer pessoas tão esquisitas quanto eu). quando eu tinha uns 12 anos uma amiga do colégio veio dormir aqui em casa nas férias. as duas super felizes jogando super nintendo até umas duas da manhã e comendo fruit loops até a minha mãe entrar na sala e dizer: "eu e seu pai estamos indo ao supermercado. vocês vão com a gente ou ficam aqui?". a menina olhava com uma boca de ô perfeita pra minha mãe. voltaram às aulas, a história se espalhou: "as pessoas na casa dela são muuuuuito estranhas! a gente foi no supermercado de madrugada! madrugada!!!" e eu tive as minhas primeiras experiências de freak e isolamento social. super emocionante, minha gente.

denial isn't just a river in egypt

tô com um gostinho de bile na boca. fui pra facul hoje só pra me estressar! (na verdade o objetivo principal era assistir aula de processo penal, mas o professor faltou. então tiveram 4 aulas de processo civil, que é até legal também, mas não é esse o caso! foooco, simone!)

tem mais ou menos uns 3 meses que uma das meninas com quem eu ando começou a dar pitis e patadas em meio mundo. mais nova que eu ( eu seeeei que age is not an accomplishment, and youth is not a sin), só teve um namorado na vida, da sala, com quem brigava todo dia e enchiiiia nosso pacová com as crises. pois bem, como vocês devem ter entendido, não funcionou. e ela, ao invés de aproveitar a feliz posição de "livre, leve e solta", decidiu virar a guardiã da moral e dos bons costumes (dos outros!). desde então, o resto do povo tem levado as mais diversas broncas, nos momentos mais absurdos e pelos motivos mais variados. eu, euziiiinha, moi, esta que vos fala, tem levado verdadeiros sermões pela irresponsabilidade de ficar assim, chegando atrasada na aula! a criatura estuda comigo a quase três anos e não entendeu que essa luta, minha cara... não tem como ganhar!

o stress do momento - é claro, é óbvio, é praticamente um letreiro em neon - são homens. essas criaturas do sexo masculino, muito úteis pra trabalhos que exijam força, ciências exatas e dormir de conchinha. a menina ainda não superou o recalque do fim do relacionamento (diga-se de passagem, eles terminaram nas férias... de dezembro!) e qualquer menção a namorados (seja o meu, seja o seu, só não sendo nosso que eu te encho de porrada) é motivo pra volta das patadas. chegou a tal ponto que eu me vi com duas opções: ou mandava ela ir dar (não no sentido de fornecer, vocês entenderam bem. afinal, libera serotonina e deixa as pessoas felizes!) ou cantava uma linda canção de amizade, amor e compreensão pra minha coleguinha. felizmente, alguém colocou panos quentes na situação e não rolou um fight no gel no meio da facul, ainda que muitos garotos em volta torcessem a favor.

o que ocorreu: outra garota do grupo acabou o namoro de cinco anos umas oito semanas atrás. ao contrário da nossa coleguinha, esta decidiu aproveitar a vida e desestressar. e desde então é uma pessoa mais feliz, dorme melhor, a pele está linda, etc! não que ela não fosse feliz com o namorado, mas ambos precisavam de umas férias.

assim começa, meus amigos, a nossa epopéia. e toda a minha birra com o sexo feminino e a sua incapacidade default de fábrica de ver outra mulher feliz no mesmo quilômetro quadrado. pra ela, a garota feliz é alguém que está passando o rodo, catando qualquer um, perdeu a linha. pro resto do mundo, ela é uma... menina solteira! e teeeente convencer a criatura que a errada é ela, que bem faria em imitar a outra, sair junto, pegar uns gatcheeeeeenhos nas buátchis, etc. mas não. ela não consegue ver que :

1º - o ex não vai voltar, ela não vai casar com o primeiro namorado e nem ele nem os próximos vêm com o acessório cavalo branco.
2º - a outra menina tá feliz? tá curtindo? roubou, matou, colou dela na prova? entãããão...
3º - porque diabos as mulheres precisam colocar as outras pra baixo por serem felizes?

o mundo já é feio tipo o tiririca e já pede que a gente trabalhe o dia todo, estude, faça um almoço e janta gourmet pra família, pegue o júnior e paty no colégio, faça sexo selvagem com o marido e o amante sem amassar a roupa, borrar a maquiagem ou colocar uma sandalinha mais baixa. o mundo já é machista e já enfia dezenas de regras de conduta goela abaixo da mulherada. porque diabos querer colocar pra baixo uma outra mulher (pior, uma amiga) só porque ela está feliz e você não? só piora a situação, daí são duas pra ter tpm o mês todo!

relações entre mulheres são políticas demais. mentiras brancas, pequenas falsidades que você acha que ninguém vai perceber. if you love enought, you'll lie a lot, já dizia a tia tori amos. a gente mente mundos e fundos pra manter a paz entre mulheres. isso é complicado demais pra mim, que prefiro juntar um bando de garotos e ir pro boteco falar merda, bem mais saudável mesmo contando as calorias da cerveja. eu desisto, i rest my case. todas as mulheres são neuróticas (eu mais que muitas), mas tem hora que a gente tem vontade de virar uma ervilha e rolar pela terra vendo umas por aí!

ps: obrigada pra dani, fornecedora do título e que me aguentou desabafando tudo isso hoje ;D

run, simone, run! (run, lola run? run, forest, run?)

eu sempre estou atrasada. sempre sempre sempre, pra tudo e qualquer coisa, é fato. se eu tenho algum compromisso marcado às 4h, o mais provável é que eu saia de casa às 4h. ou às 4h10. ou esteja tranquilamente fazendo alguma das coisas que me deixam pseudo-autista (como devorar um livro, procurar bandas novas no last.fm, ler blogs, etc), perceba que é 4h40 e saia correndo desesperada e ligando pras pessoas avisando que siiiiim, eu estou a caminho, e é claro que eu estou atrasada, e que eu juro que um dia eu chego.

mesmo quando eu não estou atrasada eu estou sempre correndo e fazendo bilhões de coisas ao mesmo tempo. hoje a minha rotina foi acordar, comer enquanto lia o jornal e procurava uma roupa decente, sair correndo pro francês, rever a matéria no ônibus enquanto ouvia o ipod e tentava prender o cabelo, voltar correndo pra casa, tomar banho escutando podcasts, e agora tentar ao mesmo tempo comer miojo (eu não sei cozinhar), blogar, arrumar o quarto e encontrar onde diabos se enfiou a minha roupa da dança. e é claro que, se eu já sou atrapalhada, o mundo decide zoar ainda mais comigo. do tipo: hoje é o dia da semana em que limpam a grama do parquinho do prédio. o que quer dizer que tem três pessoas passeando na frente da minha varanda, e que conseguem ver a minha sala inteira. o que, por sua vez, quer dizer que eu não posso correr pelada/enrolada na toalha até a lavanderia pra procurar a minha roupa (que com certeza não vai estar lá). ninguém nunca usa o parquinho, então essa geralmente é uma travessia segura se eu correr abaixadinha por detrás do sofá. não vai ter ninguém olhando e não vai dar pra ver nada, fora uma maluca enrolada numa toalha correndo que nem um pato. hoje não dá.

na minha rotina normal, hoje eu ia conseguir fazer tudo isso e ainda sair correndo pra dança, pra pegar a aula da turma a, que é mais puxada, às 14:30 e chegar só uns 10 minutinhos atrasada (eu faço isso todo dia, e levo bronca todo dia da professora, mas eu adoro ela e ela sabe disso, por isso não briga tanto assim). mas eu tive que resolver problemas aqui em casa e ficar escutando meu pai falar de tudo e mais um pouco que é importante nesse mundo, como a ex-miss paraná que morreu num acidente de carro e que a minha vó tem e-mail agora (oi vó!). isso me dá tempo suficiente pra terminar o que estava atrasando e chegar à tempo pra aula da turma b, que é o intermediàrio, às 16h. você tem alguma ilusão de que eu vou chegar no horário?

La seule différence entre moi et un fou, c’est que je ne suis pas fou

Não sei mais falar francês, travei total. Ler? Sem problema! Escrever? Até sai, com algum esforço. Mas hoje, duas vezes eu precisei responder alguma coisa em francês e travei, engasguei, fiz cara de quem ia morrer de asma. Pode ser a dor de cabeça, pode ser culpa do cabelo loiro. Se isso não mudar, juro que abandono o francês e passo pra algo menos traumático, tipo mandarim. Ninguém liga se você não sabe falar mandarim, se enrola tudo ou erra, oras bolas!

Aqui agora voltou a ficar frio, o que por um lado é ótimo (assistir filmes tomando chocolate quente, ler enrolada no edredom, milhares de cachecóis e casacos legais) e por outro é uma merda (no caso, dançar a tarde toda praticamente pelada). Eu costumo preferir frio a calor. Sempre dá pra colocar umas três meias, sair de casa parecendo uma almofada de tantos casacos. No calor chega um momento em que não tem mais roupa pra tirar, e a única alternativa é desidratar até virar suco em pó.

Esse negócio de trocar o dia pela noite não dá certo. Eu passo o dia todo que nem um zumbi e com dor de cabeça depois, ninguém merece.

ps: pros que duvidam da minha sanidade, eu passei esse mês no psicotécnico pra tirar carteira de motorista, tá??? é, eu não sou maluca! e é, eu tenho quase 21 anos na cara e não dirijo! e sim, eu morro de vergonha um dia! :P

nem te conto, nem te conto...

são 4 e meia da manhã e eu devia estar fazendo qualquer coisa, menos blogar. veja só o que o vício faz com uma pessoa! eu podia estar matando, eu podia estar vendendo bala no sinal. podia até estar dormindo ou lendo um dos 12 (!!!) livros empilhados que nem a torre de pisa em cima da minha prancheta. mas o meu bloglines não deixa, tem coisa demais pra ler online. e agora tem essa coisinha de blog aqui pra atualizar. me fudi. passei duas horas tentando decidir uma foto pra um pseudo-layout, só pra não ficar tão abandonadinho. dá pena, sabe? tipo casa bagunçada quando vem visita. (olha a hipocrisia, meu quarto está parecendo uma zona de guerra. contentem-se com a descrição da pilha de livros. e a de roupas pra guardar, logo ao lado. e as coisas da facul, espalhadas por todas as superfícies horizontais, tipo chão, escrivaninha, a parte de cima do monitor, a cama. merda.) será que eu durmo? estudo? compro uma bicicleta? caso? (esse é mais complicado, envolveria a outra parte - no caso o namorado - ter um surto de insanidade temporária e aceitar. totalmente improvável)

should i stay or should i go now?
if i go there will be trouble
if i stay there will be double

tô começando a ver toda a boa vontade e as boas intenções da minha mãe em esconder o cabo da internet uns anos atrás. mãe, socorro! viciei! liga pra net e cancela o virtua! skavuska!!!

nem todo início é verdadeiro

a primeira vez que eu comecei a escrever em blogs foi em 2001, um pouco depois de fazer 15 anos. meu aniversário é no 11 de setembro, então aquele ano só por isso já seria uma bagunça completa, sem precisar de mais muita coisa. mas desgraça, aleatoriedades e formigas nunca aparecem sozinhas, são sempre em bando. então, 2001 pra mim foi o ano que começou a marca de aleatoriedade e caos que é indelével na minha vida. sério, eu deixo um rastro de desastre por onde eu passo (não entendam isso como reclamação, eu me divirto pra caralho com o caos. mas é fato: eu sou um desastre com perninhas e bracinhos). comecei no blogger, fui pro weblogger, comprei um domínio na época que todo mundo que tinha blog aos 15-20 anos comprava e, pelo que o blogger me diz de estatísticas daquela época (e pelos arquivos que estão guardados nessa conta ainda) eu escrevi mais de 500 posts só nele. sem contar, é claro, o livejournal e as contas que eu tive lá, pra panelinha que queria/podia ler.
"e daí, 500 posts pra falar de quê?" de nada, uai. blog de adolescente, compreende? o cefet, a dança, namorados, amigos, filmes, passeios, brigas com a mãe (essas são sempre presentes quando o autor é dessa faixa etária. existiam séries inteiras de posts sendo feitos escondidos porque minha mãe sumia com o cabo da internet. eu, é claro, tinha ciiiiiiinco cabos reservas e conectava escondida de madrugada pra burlar o castigo). e daí eu fico pensando que, se escrever agora, não vai ser tão diferente. "plus ça change, plus ça reste la meme chôse". ou la meme merde. falar de facul, namorado, dança, francês, baladas, amigos, brigas com a mãe? (é, eu ainda brigo com a minha mãe. pretendo continuar brigando pelo resto da vida, sabe como é... pra relação não ficar monótona!)
o problema é que eu viciei em escrever. falar da minha vida pros outros. eu sou uma matraca sempre. não calo a boca, é difícil me ver quietinha, concentrada num canto. estou sempre gesticulando, falando alto, derrubando copos durante conversas, cantando alto, falando até sozinha, com as paredes, com o gato (o pudim até aprendeu a responder, cara! ele não fala, mas mia em todas as horas certas do diálogo). escrever em diário de papel não anda sendo suficiente. eu estou extrapolando, escrevendo no caderno no meio da aula, escrevendo em guardanapos, escrevendo em folhetinhos aleatórios e, esses dias, até na mão. como o reverendo sempre diz, blogs são pra iniciar conversações. e eu acho que eu cansei de falar sozinha (ou talvez eu esteja com medo que as pessoas na "first life", no mundo real, tenham suas cabeças explodidas pela torrente de palavras que eu não paro de lançar) quem sabe isso aqui ajude?