tag:blogger.com,1999:blog-20251708136448276502024-03-05T15:55:01.036-03:00... ombro, perna e ...um blog sem pé nem cabeçasimonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.comBlogger79125tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-28154722953295296322013-10-16T01:43:00.000-03:002013-10-16T01:43:09.831-03:00Quase dois anosQuase dois anos atrás eu comecei a trabalhar por um motivo muito simples: era necessária uma atividade, qualquer uma, que me fizesse levantar de manhã, tomar banho, sair de casa, falar com ao menos uma pessoa e voltar algumas horas depois (ao contrário da rotina que eu estava levando que incluía apenas pijama, muita ansiedade e longas horas sozinha no apartamento). Dois anos atrás eu não tinha esperança alguma de gostar tanto do meu trabalho quanto hoje, e sequer imaginava que poderia estar nessa área.<br />
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Dois anos atrás eu não esperava estar em lugar nenhum. Um ano atrás eu estava chegando a todos os lugares que queria. A única coisa que não mudou esse tempo todo foi a ansiedade...simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-3988189552557022282013-07-23T00:50:00.000-03:002013-07-23T00:50:40.278-03:00Dá pra saber?Quando é que deixa de ser só cansaço e vira depressão? E inverno, existe uma medida pra separar a falta de sol de todo o resto do desânimo? Como eu posso saber se essa minha velha mania de tropeçar mais do que os outros, me bater pelos cantos e andar arrastando os pés é algo além do meu jeito estranho de sempre?<br />
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Eu sou feliz, mas tenho um "até quando?" pairando sobre a minha cabeça. Ou "quanto?", uma vez eu percebi tarde demais que já não havia sobrado muito de mim. Esse é o pior da depressão, a possibilidade infinita dela voltar. É a única certeza: você já se sentiu tão mal que preferia em alguns momentos não sentir mais nada, e parece que isso sempre vai continuar ao fundo, ameaçado cada momento bom com um final horrendo.<br />
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Eu tenho sempre medo de perceber tarde demais. Mais uma vez.simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-23979258213368311452011-06-13T06:19:00.000-03:002011-06-13T06:19:21.741-03:00Inspira, Expira...Nos últimos meses eu tenho sido uma ótima frequentadora da Santa Casa de Curitiba. Agradeço essa oportunidade ao meu pulmão, que se emociona fácil e fica aí cheio de espasmos e asmas. Só nesse fim de semana de dia dos namorados eu, que namoro mas passei sem o moço (por motivos mais que justificaveis, afinal, ele é lindo), bati cartão no hospital sábado e domingo. Só não fui quinta e sexta porque minha mãe não estava na cidade e ir com meu pai a um hospital ia me causar um ataque maior ainda, daí eu ficava quietinha no meu quarto, não respirando e usando a bombinha de asma como se fosse um escafandro.<br />
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Daí cá estou eu, nesse horário infame, revisando a monografia (toc toc toc) quando subitamente a bombinha acaba. Sem grandes problemas, a farmácia abre em uma hora e pouco... Fui dar uma olhadinha na internet pra ver em quanto MAIS eu morrerei pagando remédios (R$55 sexta, R$ 60 sábado, R$ 37 domingo) e respirei aliviada (quer dizer, né...), já que a coisa é baratinha e tem genérico.<br />
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Daí eu fui ler a bula. EU SEMPRE leio bulas. Várias vezes. Não que eu seja tarada por elas, pelo contrário, elas nunca me trazem alegria. Eu sou alérgica a aspirina e amarelo de tartrazina, coisas presentes em 80% dos medicamentos do mercado, segundo o instituto de pesquisas inventadas. Daí sou obrigada a ler cuidadosamente cada bula de remédio pra ver se é esse comprimidinho inocente que vai me deixar sem respirar essa semana.<br />
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Mas na bula do aerolin, que eu nunca cheguei a ler por usar a mais de 15 anos, constava:<br />
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Efeitos colaterais (entre outros): hiperatividade, insônia, cefaléia, tontura, dilatação da pupila, taquicardia<br />
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sou eu, descrita de cabo a rabo numa bula.simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-48838523385988849612011-05-19T22:15:00.000-03:002011-05-19T22:15:42.239-03:00Buraco negroEstou em um daqueles dias sem paciência alguma. Uma semana assim, na verdade. Nada funciona. Preciso entregar a monografia em 10 dias. Tenho dezenas de textos pra escrever e pessoas que estao contando comigo. Pilhas de artigos pra ler, mais livros do que eu vou conseguir ler. Meu computador passou mais dias estragado do que funcionando esse mês e eu passei mais dias de cama que de pé.<br />
Passei o dia entrincheirada no meu quarto. Nada funciona.simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-90505418219458281122011-04-27T05:56:00.000-03:002011-04-27T05:56:50.690-03:00... e eu nunca mais voltei<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBECUuxDSTc3o6l4AnoTYeODHYJsztwqrn5EQAfYe8AMxiu7RmEHOOlBhrv-6FhYaIqaginEZyjgpI-X8mdn6mH-1ygWn2ktglNegdmvQ5EOKNIhjmohu7LdQDZQRkIF4zIWOfLWY4y4Q/s1600/42800011.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBECUuxDSTc3o6l4AnoTYeODHYJsztwqrn5EQAfYe8AMxiu7RmEHOOlBhrv-6FhYaIqaginEZyjgpI-X8mdn6mH-1ygWn2ktglNegdmvQ5EOKNIhjmohu7LdQDZQRkIF4zIWOfLWY4y4Q/s400/42800011.JPG" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Esse mar lindo é em Donostia.</span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">E essa não sou mais eu.</span></div><br />
A Carol Nogueira postou agora pouco um <a href="http://le-croissant.blogspot.com/2011/04/viagem-do-seculo.html">texto</a> que me fez pensar um pouquinho.<br />
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<blockquote><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A primeira vez que eu viajei sozinha para procurar meu lugar no mundo foi há quase dez anos. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b>Eu fui e nunca mais voltei. </b></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Voltei, claro, mas não era mais eu. </span></span></blockquote>Eu não voltei de Bayonne. Eu não sou mais a mesma pessoa de dois anos atrás. É muito mais do que "em 2009 eu era diferente", é simplesmente que aquela Simone não existe.<br />
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São tantas diferenças que eu não sei como enumerar, ou por onde começar. Eu continuo sendo mais educada e piso mais em ovos com as pessoas do que necessário. Mas, mesmo que pareça incompatível, eu imponho mais limites. Eu discuto. Eu brigo. Eu vou lá e faço e ai de você se ficar no meu caminho tentando me incomodar.<br />
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Eu ainda caio no choro conversando com o Leandro sobre as minhas inseguranças e as minhas dúvidas sobre o futuro. Mas ainda assim eu faço o que eu acho que devo. Eu crio coisas novas, eu dou minha opinião, eu tento mudar algumas coisas. Eu não tenho mais medo de fazer papel de ridícula. Eu talvez agora tenha orgulho de fazer papel de ridícula às vezes. Eu faço piadinhas inadequadas, me apresento pra pessoas aleatórias, puxo conversa com estranhos, aceito todos os convites pra tomar cerveja que são propostos, faço apostas idiotas só pra dar risada. Eu sou definitivamente ridícula, mas talvez seja isso que me leve pra frente. Se levar tão a sério nunca fez bem pra ninguém, muito menos pra mim.<br />
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Eu não sou quem eu era 2 anos atrás, antes de viajar. Eu também não sou aquela Simone morando em Bayonne, no apartamento minúsculo, viajando sozinha, pegando carona na estrada, nadando na fonte da WIPO, dormindo em aeroportos.<br />
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Mas não faço idéia de como explicar quem eu sou agora. Como é que eu classifico? Oi, meu nome é Simone, tenho 24 anos, um pouco mais pálida do que deveria, com uns meios quilos acima do que queria ter, tenho 4 gatos e uma irmã? Oi, meu nome é Simone, moro em São Paulo com meu namorado mas volto toda semana pra Curitiba, adoro tricotar, andar de bicicleta e ler? Oi, meu nome é Simone, estou (aos trancos e barrancos) acabando o curso de Direito, semi-desempregada, fazendo iniciação científica, escrevendo uns textos e artigos de propriedade intelectual, sendo dona de casa, ainda que péssima nisso, e recusei ontem uma proposta de emprego? Oi, meu nome é Simone...<br />
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e o seu?simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-16967338868445383802011-04-20T05:18:00.000-03:002011-04-20T05:18:33.696-03:00madrugadaoi, meu teclado esta desconfigurado e eu não tenho todos os acentos. os que ficaram aqui: é è à ù ì ò ã õ<br />
aceito doações dos demais.<br />
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coisas aleatorias que eu so penso durante a madrugada, quando o leandro ja foi dormir e eu fico aqui acordada<br />
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quando eu era pequena eu tinha diversas crises de asma/bronquite/rinite durante o ano. todo mês eu ia parar no hospital e andava com bombinha 24h na bolsa. metade das crises era culpa de medicos incompetentes, mas não vamos entrar nesse assunto. eu ficava frequentemente de cama, com diversos livros em volta, e tinha que fazer inalação a cada algumas horas. como era o unico momento em que eu conseguia respirar bem, eu relaxava e dormia. era escutar o barulho do inalador pra eu pegar no sono (sério, uma vez minha irmã precisou fazer inalação por algum motivo e eu dormi so de escutar). uns anos atras esse inalador quebrou e meus pais substituíram. eu não consigo dormir com o novo, o barulho do motor é um pouquinho mais agudo.<br />
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o louvre é top 10 lugares mais infernais do mundo. é lindo, é cheio de coisas, é genial mas é o inferno. eu lembro da vitoria alada. de quase sair no tapa com uma senhora por culpa da monalisa (nessa hora eu entendi a turista britânica que jogou a xicara no quadro). lembro de ficar perdida infinitamente em uma parte de esculturas africanas, e em outra subterranea que parecia uma escavação da parte antiga do prédio. e finalmente de olhar pro lado e ver a ana abraçando uma parede. ou porque era marmore ou porque a sanidade ja tinha nos abandonado e fugido pras colinas. um dia eu ainda preciso tentar organizar as memorias desse dia.<br />
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essa vida de semi-dona-de-casa esta acabando comigo. minha vo era uma dona de casa notoriamente terrivel. cozinhava tudo o que você pudesse pedir, mas praticamente destruia a casa. minha mãe é irritantemente organizada e metodica, limpa a casa tanto quanto respira, mas precisa de receita ate pra ferver agua. ao que tudo indica (fora alguns bolos e quiches queimados devidamente escondidos) eu pendo mais para o lado da minha avo. o leandro vai ter problemas...simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-25811120756774629272011-01-30T06:04:00.000-02:002011-01-30T06:04:09.533-02:00Eu e Carmen Sandiego em Brasília<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVRpUkU3ayrlspXJWOmGj7Uo2BSaoUg10CB5khRU39QODQha1O1g39bZ9RWJSy-PgR1eOYcF2YRzlMoWUbbHPjz5TO1b1-N1lacarQyihQbiY4stT1XDi2uxkZIZvigdLhiGAqbO8QeIA/s1600/2010_11_28_SP_0523.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVRpUkU3ayrlspXJWOmGj7Uo2BSaoUg10CB5khRU39QODQha1O1g39bZ9RWJSy-PgR1eOYcF2YRzlMoWUbbHPjz5TO1b1-N1lacarQyihQbiY4stT1XDi2uxkZIZvigdLhiGAqbO8QeIA/s320/2010_11_28_SP_0523.JPG" width="213" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Eu e Carmen Sandiego, no Ibirapuera, em dias mais calmos. <br />
Eu ia dizer que eram dias mais normais, mas esses óculos não me deixam mentir desse jeito.</td></tr>
</tbody></table><br />
A minha vida, por vezes, fica absurda demais. O acontecimento jacú dessa vez foi suficiente pra me fazer reabrir o blog (aeaeaeaeaeae!!!).<br />
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Então, vamos começar do comecinho, né? Eu vim pra Brasília passar uma semana de luxo, glamour e sofisticação no STJ, fazendo parte do programa de Visitação Técnica. Uma semana inteirinha passeando pelo tribunal, tendo palestras, atazanando os ministros, vendo os processos... pois eu sou uma dos 30 estudantes selecionados entre 1090 inscritos nessa edição (acaba por aqui a auto-adulação, juro. Mas depois dessa história eu mereço!)<br />
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Ok, em algum lugar perdido nos cafundós da internet eu descobri que dava pra entrar com bicicletas no metrô em Brasília. Como tudo é longe e eu não dirijo (alugar carro = impossível) além de estar falida (tchau taxi!), meus olhinhos brilharam com a possibilidade de ir do metrô até o STJ a bordo da Carmen Sandiego, minha bicicleta vermelha que viaja <s>o mundo</s> o país, por enquanto. Quando eu descobri que a webjet transportava bicicletas assim... de graça, com carinho, praticamente levando no colo e chamando de xuxu, eu dei pulinhos de alegria. Meu plano mirabolante para Brasília estava montado! Como vocês já devem ter percebido, todas as minhas viagens têm um plano mirabolante, e ele geralmente resulta em dor, tristeza e sofrimento. Foi diferente dessa vez? Não, afinal a minha vida é uma novela mexicana!<br />
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Ok, saí de casa em SP em direção ao ponto do ônibus que levava pro aeroporto, alegre e faceira na Carmen Sandiego com uma mochila nas costas e a bolsa na cestinha. A uma quadra do ponto de ônibus, subindo a rampinha da calçada, o pedal direito fez<i> crec</i>. E foi um <i>pouquinho</i> pro lado. Assim, o suficiente pra assustar e a Carmen dar uma dançadinha, mas eu ignorei. Dei um chutinho, encaixei o pedal devolta e beleza. Chegando no aeroporto, a moça do check-in da Webjet despachou a minha bicicleta <s>com a maior cara de "quem é essa louca avacalhando o meu dia"</s> com facilidade e calma. Até aí, o dia seguia tranquilo.<br />
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Daí chegamos em Brasília. Peguei a bicicleta devolta e o freio fazia barulho. Puxa, que chato, freio pegando na roda... abri a bolsinha de ferramentas e puxa daqui, puxa dali, nada mudava. O freio iria cantando até a casa do meu tio, então. Aí eu descobri que a única forma de chegar do aeroporto até o metrô com Carmen seria... pedalando, né! Nadando que não seria! Montei na bicicleta com as mochilas e me preparei para os 6km e pouco até o metrô no <s>sol assassino</s> clima agradável do dia.<br />
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Aí chega a parte divertida: lá estava eu, na rodovia, a uns 25km/h (hiper velocidade na Carmen cheia de peso - o primeiro que insinuar que o excesso de peso é adiposo leva um tapa), chegando numa subidinha... quando de repente, ao ficar de pé, <i>CREC</i>, o pedal direito quebra de vez.<br />
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Vamos fazer uma pausa e aproveitar para um brinde ao inventor dos acostamentos. Acostamentos, essas coisas tão subestimadas na vida da gente, com nomes tão divertidos, onde as pessoas geralmente param para <s>atender celular, fazer xixi, esticar as pernas</s> situações de emergência!<br />
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Eu só não virei patê nessa hora por estar indo pelo acostamento, porque Carmen assumiu uma belíssima trajetória nesse momento, que por crítícos de dança talvez pudesse ser descrita como desesperada e raivosa, mas em termos técnicos seria chamada desgovernada, mesmo.<br />
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Beleza, eu estava viva, com uma bicicleta quase inteira, no meio da rodovia, com a tim me avacalhando (oi tim, te detesto), e ainda bem longe do metrô.<br />
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Várias pessoas se desesperariam nesse momento, mas não eu. Mesmo meu nome sendo Simone e não Joseph Climber, fui arrastando a bicicleta pelos kms restantes, parando duas vezes na sombra de árvores na beira da estrada pra comer nectarinas (o que me trazia lembranças bastante esquisitas da época do grupo escoteiro). Cheguei na casa da minha tia tão queimada de sol e tão cheia de poeira vermelha que eu poderia ter vindo de Marte e não de São Paulo.<br />
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Hoje meu tio me levou numa bicicletaria pra trocar o pedal<s> e dar tchau a 20 reais que eu nem precisava mesmo</s> e eu aproveitei pra perguntar dos freios pegando na roda. Resposta do carinha da bicicletaria: "Não é o freio que tá pegando na roda... a roda que tá pegando no freio! Ela tá toda torta! Aliás, a de trás também...." Então, um espacinho pra agradecer a Webjet por ter sambado e dançado conga em cima da minha bicicleta no avião. Não vou mandar revisar tudo isso porque... daqui a uma semana eu volto e ela passaria por outro porão de avião, o que ia mandar mais 45 reais pra passear junto com aqueles 20 do pedal, e eu sou meio ciumenta com dinheiro.<br />
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No fim das contas, tudo acabou bem, e a viagem estava com a maior cara de que ia seguir normal. Até umas horinhas atrás quando eu percebi que Brasília e Palmas, no Tocantins, ficam pertinho (muita calma antes de me xingar, meus padrões de PERTO são levemente bizarros). Aí eu planejei uma road trip pra visitar um casal de amigos que se mudou pra lá. Aí eu convidei uma amiga pra ir junto e ela topou na hora. Aí o namorado comentou que a Chapada dos Veadeiros fica na metade do caminho e é tudo de legal que existe no mundo. Lembra lá em cima quando eu disse que toda viagem minha precisa ser bizarra? Então... aguardem!simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-87904328543144183202010-05-14T15:00:00.000-03:002010-05-14T15:00:16.510-03:00Nerina Pallot - Real Late Starter<object style="background-image:url(http://i1.ytimg.com/vi/xLMJpYrVrKg/hqdefault.jpg)" width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/xLMJpYrVrKg&hl=fr_FR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/xLMJpYrVrKg&hl=fr_FR&fs=1" width="425" height="344" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object>simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-10083627144299159742010-04-30T03:07:00.000-03:002010-04-30T03:07:49.848-03:00pra que terminar o que se começa, mesmo?<div style="color: black;">hoje foi aniversario da alo (sim, ela se chama alo), e depois da festa eu e a nath ficamos mais uma hora e meia sentadas na escada da residencia, passando frio e conversando da vida inteira. conversa essa ótima, considerando que nenhuma das duas é normal. aliás, a nath muito deveria começar um blog só pra escrever as histórias dela, começando pelo fato de que ela estudou aaaaaaaaaanos com mr jesus-da-madonna. se isso não é suficiente pra render situações geniais eu realmente não faço idéia do que seja necessário. </div><div style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">confirmando que nós não somos normais: poderíamos muito bem ter ido pra casa de qualquer uma das duas, mas nãããão, ficamos na escada vendo a mesa de ping pong pegar chuva e assistindo uma briga sem sentido no prédio da frente. brigas de casais bêbados já são engraçadas de presenciar, mas melhor ainda quando estão do outro lado do estacionamento e gritando em francês. tudo o que dava pra entender era um "oh putaaaaaaaain" aqui ou lá. </div><div style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">a conversa foi interrompida só porque já é dia (quase 8 da manhã), e é melhor dormir enquanto ainda não faz calor demais. anteontem fez 36 graus aqui, ainda na primavera. quando eu cheguei aqui eu acreditava que os franceses todos eram naturalmente loucos. depois, formulei a teoria que deve ser algo que colocam na água (não sobra um normal,juro! todos os meus amigos aqui são ótimos, mas completamente enlouquecidos). agora, acho que deve ser o clima. até agora pouco estava nevando e agora aqui estou eu me preocupando com biquinis. nada faz sentido!</div><div style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">voltei pra casa e pensei em escrever, mas daí vi o numero bizarro de rascunhos salvos no blog, sem publicar. o post de ontem foi fruto de um deles, já . aí seguem mais alguns!</div><div style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">*****</div><div style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">It is that flat and spectral non-hour, awash in limbic tides, brainstem stirring fitfully, flashing inappropriate reptilian demands for sex, food, sedation, all of the above, and none really an option now… </div><div style="color: black;">- "pattern recognition", william gibson</div><div style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">(esse trecho do começo do livro me vem à cabeça em todas as voltas de viagens)</div><div style="color: black;"> </div><div style="color: black;">*****</div><div style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">Nasci ruiva e cresci loira. Aprendi a ler muito antes do que devia, e estendi essa precocidade bizarra pra outras áreas que não trouxeram alegria. Fiz Bellas Artes. Fui bailarina. Fui a melhor e a pior aluna, em ciclos aleatórios. Fui estranha. Fui criativa. Fugi, por falta de alternativa e resposta, e ao voltar, descobri que nada era mais o mesmo. <br />
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Aliás, nada muda. Parece que a vida é um looping jacú de cenas, pessoas e lugares. Curitiba, então, é o melhor lugar pra ficar tropeçando no passado, visto a natureza de ervilha dessa cidade. Todo mundo se conhece, todo mundo te conhece e todos frequentam os mesmos locais. Dá vontade de se afogar num balde.</div><div style="color: black;"> </div><div style="color: black;">*****</div><div style="color: black;"><br />
</div><div class="postBody" style="color: black;">parece uma piada ruim: uma loira, um bêbado e um paraplégico estavam na rodoviária de florianópolis às 4 da manhã. mas não, não era.</div><div class="postBody" style="color: black;"><br />
</div><div class="postBody" style="color: black;">*****</div><div class="postBody" style="color: black;"><br />
</div><div class="postBody" style="color: black;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: italic;">"I certainly haven't been shopping for any new shoes</span><br style="font-style: italic;" /><span style="font-style: italic;"> -And-</span><br style="font-style: italic;" /><span style="font-style: italic;"> I certainly haven't been spreading myself around</span><br style="font-style: italic;" /><span style="font-style: italic;"> I still only travel by foot and by foot, it's a slow climb,</span><br style="font-style: italic;" /><span style="font-style: italic;"> But I'm good at being uncomfortable, so</span><br style="font-style: italic;" /><span style="font-style: italic;"> I can't stop changing all the time"</span></span></div><div class="postBody" style="color: black;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-style: italic;"> </span></span></div><div class="postBody" style="color: black;">Fiona Apple sempre cantando aquilo que eu não consigo dizer...</div><div class="postBody" style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">*****</div><div style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">eu não acho que eu regule muito bem das idéias, ainda mais em relação a prioridades e noção. eu vou ao supermercado comprar comida e volto só com chantilly e esmaltes. começo um livro só pra parar no meio e passar semanas pesquisando um assunto secundário que encontrei nele. quando meu namorado foi a new york, ao invés de pedir um ipod, victoria secrets ou um perfume eu pedi... um livro do william gibson que estaria sendo lançado naquela semana, e eu queria desesperadamente ler. e ele traz. e ele me deixa ler que nem uma viciada mesmo antes de grudar nele com saudades pela viagem. senhoras e senhores, encontramos o namorado mais paciente do mundo!</div><div style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">*****</div><div style="color: black;"> </div><div style="color: black;">passou o primeiro de abril e eu esqueci, não enganei ninguém! tô fazendo tantas-mil-coisas que nem deu tempo de lembrar. e como tudo mais o que eu faço, esse texto não vai ter nem foco nem uma linha muito clara de raciocínio.</div><div style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">aliás, foco é algo que muito me recomendam hoje em dia. escutei da minha chefe que eu tenho muita iniciativa, mas que me falta foco pra acabar as coisas. escutei também do leônidas que eu preciso de foco pra não me desesperar com a vida.</div><div style="color: black;"><br />
</div><div style="color: black;">*****</div><div style="color: black;"> </div><span style="color: black;">tanto me falta foco que eu não acabei nenhum desses textos. e ainda existem tantos outros...</span><br />
<div class="postBody" style="color: #777777;"></div>simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-86998664262429806412010-04-30T02:50:00.000-03:002010-04-30T02:50:48.885-03:00metal heart<object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/KMZZp1L-MH4&hl=fr_FR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/KMZZp1L-MH4&hl=fr_FR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object><br />
<br />
<br />
o vídeo não tem nada a ver com nada, é só pelo fato de eu estar viciadíssima em cat power. apaixonei por chan, não tem mais voltasimonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-50881942157650966392010-04-29T00:36:00.000-03:002010-04-29T00:36:45.331-03:00será que a receita funciona com yakult também?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioPwRn6tjNf2-QDcsAgGQiTI6mpvXf532yXrXgYufJREPIlh3SGa_fdbmgDT1x5-_L4v9L9oKgLuiz8ddhDgwSjXHHmppc1QdQccaRiV7xDrXs7mV4nLsgPDJntdAqokTZy_-ccltM-VY/s1600/il_fullxfull.127561737.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioPwRn6tjNf2-QDcsAgGQiTI6mpvXf532yXrXgYufJREPIlh3SGa_fdbmgDT1x5-_L4v9L9oKgLuiz8ddhDgwSjXHHmppc1QdQccaRiV7xDrXs7mV4nLsgPDJntdAqokTZy_-ccltM-VY/s320/il_fullxfull.127561737.jpg" width="320" /></a></div><br />
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eu li "o mundo de sofia" na quarta série. só esse fato seria suficiente pra me garantir alguns anos de análise, não pelo livro em si, mas pela criaturinha bizarra que eu era naquela época. <br />
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digamos que eu não era uma criança lá muito comum. minha família não é das mais normais, nossa rotina é bastante peculiar. isso é praticamente andar pelo colégio com uma placa de "oi, sou um saco de pancadas". e considerando que eu estudei da terceira até a sétima série num colégio ótimo onde, infelizmente o bullying era endêmico, eu não tive lá momentos muito fáceis. e dá-lhe mais alguns anos de análise.<br />
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*****<br />
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se eu pudesse, me acorrentava no farol de biarritz pra não voltar mais. não porque aqui seja melhor, ou qualquer coisa piegas relacionada ao lugar, mas porque eu gosto muito da pessoa que eu me tornei aqui.<br />
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tem gente que não gostou muito dessas mudanças, infelizmente. o que você faz quando alguém olha pra você e diz algo nas linhas de "antes a gente dizia algo e você sempre dava um jeito de nos agradar, mas agora você fica dando opinião e se impõe e a gente não gosta disso"? oi? no meu caso, fiz o seguinte: volte pra casa, encontre os amigos, faça uma festa, aproveite a neve, faça outra festa, aproveite a primavera e assim por diante. keep changing and carry on.<br />
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não dá pra agradar todo mundo, e eu nem tento mais. agradar a mim mesma já me ocupa uma parcela de tempo suficiente. e, convenhamos, se eu não agradava quando pequena, não é agora que vou conseguir, né?<br />
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aliás, uma receita ótima que vi no twitter: misture uma dose de Johnny Walker e dois copinhos de activia num copo alto com gelo e mexa. Pronto, você tem um refrescante "Cagando e andando".simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-62391106952192189552010-04-17T11:33:00.000-03:002010-04-17T11:33:03.895-03:00from Richard Yates' Revolutionary Road<a href="http://unicornology.tumblr.com/post/520541225">from Richard Yates' Revolutionary Road</a>: <blockquote><blockquote><p>“You felt that life was passing you by?”</p><p>“Sort of. I still had this idea that there was a whole world of marvelous golden people somewhere, as far ahead of me as the seniors at school when I was in sixth grade; people who knew everything instinctively, who made their lives work out the way they wanted without even trying, who never had to make the best of a bad job because it never occurred to them to do anything less than perfectly the first time. Sort of heroic super-people, all of them beautiful and witty and calm and kind, and I always imagined that when I did find them I’d suddenly know that I belonged among them, that I was one of them, that I’d been meant to be one of them all along, and everything in meantime had been a mistake; and they’d know it too. I’d be like the ugly duckling among the swans.”</p><p>“I think I know that feeling,” he said.</p><p>“I doubt it.” She didn’t look at him, and the little lines had appeared again around her mouth. “At least I hope you don’t, for your sake. It’s a thing I wouldn’t wish on anybody. It’s the most stupid, ruinous kind of self-deception there is, and it gets you into nothing but trouble.”"</p></blockquote></blockquote>simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-76006722858631397222010-04-08T18:16:00.000-03:002010-04-08T18:16:34.913-03:00indo e voltandoeu tenho falado pra renata que a vida aqui muda a cada duas semanas. é como se fosse agendado, a cada duas semanas tudo muda, a gente se vê andando com pessoas diferentes, com rotinas bizarras, com situações inesperadas. e a cada duas semanas mais ou menos a gente conversa e acaba vendo o quanto a gente mudou. <br />
<br />
hoje eu tive um dia bem ruim, formalmente falando. recebi a notícia que o escritório de imigração perdeu pela segunda vez os meus documentos, o que me deixa teoricamente em situação irregular na frança. sem titre de sejour eu não consigo o auxilio moradia, e sem auxilio moradia eu estou falida. a responsável da faculdade me assegurou que vai conversar com o escritório amanhã, mas foi o suficiente pra me deixar bastante tensa.<br />
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em condições normais de temperatura e pressão (ou seja, no brasil ainda, ano passado), numa situação tensa dessas, eu provavelmente passaria o fim de semana um pouco chateada e o leandro me colocaria pra cima. como ele sempre faz: ia me encher de beijos, argumentar que a situação não está tão ruim, mostrar que tudo tem saída e depois me deixar escolher um sorvete ou destruir a cozinha dele fazendo alguma sobremesa. e tudo ia ficar bem, porque ele estava lá comigo. eu sempre resolvi meus problemas, mas precisava ser acalmada antes. (ansiedade, oi?)<br />
<br />
só que no momento ele está no trabalho, do outro lado do atlântico e com cinco horas de diferença. o que eu fiz? peguei a bicicleta e saí por aí. sem rumo mesmo, pedalando pra onde tivesse alguma ciclovia, com raiva. pedalando rápido até cansar e gastar toda a raiva e frustração. <br />
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daí na volta, quando eu já estava calma, eu encontro a renata correndo. e volto pra casa andando com ela, e conversando devolta sobre o quanto a gente muda estando aqui. eu continuo querendo colo no fim do dia, mas agora eu engulo o choro e sigo em frente. e volto pra casa pra contar pra ele depois tudo, que o dia estava ruim, que agora está melhor mas que mesmo assim ele faz falta. mas está tudo bem, porque ele vai estar lá quando eu voltar.simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com4Bayonne, France43.493442 -1.474536143.4311755 -1.5912655999999998 43.5557085 -1.3578066tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-84478458321478956182010-02-18T12:25:00.000-02:002010-02-18T12:25:34.965-02:00fools like us<object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tCFkFSJuwJM&hl=fr_FR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/tCFkFSJuwJM&hl=fr_FR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object>simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-24193045494819812732010-02-05T09:51:00.000-02:002010-02-05T09:51:17.362-02:00confundindo franceses desde 1986ontem, numa festinha:<br />
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- amanhã todo mundo vai num bar cubano em biarritz dançar salsa! vamos? :D<br />
- não sabia que vocês dançavam salsa no brasil também!<br />
- ¬¬ a gente não dança salsa no brasil, nem fala espanhol...<br />
- desolé, vocês dançam o que?<br />
- samba!<br />
- e você dança samba bem?<br />
- ah, eu não sei dançar samba... só salsa!<br />
- ...simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-84383393465385144032009-12-05T22:27:00.000-02:002009-12-05T22:27:09.822-02:00saudades...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLfGy9WO3GW5bMcYVajjvuDgiuCwLEVyMFZ6FbYr5vctze16-xaWi8UoitEe02XUkc-Y6ccMDWO2Cq0BZ3kLLSlHIR_1zsy4Wpctejl7tN4h_1e0242tJn6UY-TgJc6PN6cKy6YHTJhYE/s1600-h/casamento_leticiaeleonidas-1616.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLfGy9WO3GW5bMcYVajjvuDgiuCwLEVyMFZ6FbYr5vctze16-xaWi8UoitEe02XUkc-Y6ccMDWO2Cq0BZ3kLLSlHIR_1zsy4Wpctejl7tN4h_1e0242tJn6UY-TgJc6PN6cKy6YHTJhYE/s640/casamento_leticiaeleonidas-1616.jpg" width="640" /></a><br />
</div><br />
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Esse talvez vai ser um dos textos mais egoístas desse blog. <br />
Faz duas semanas que eu voltei pra França. Voltei porque tinha ido pro casamento dela, que é minha melhor amiga, minha "mãe" e às vezes é até um pouco eu, assim como eu sou ela de vez em quando (hoje em dia cada vez mais eu me vejo repetindo atitudes dela..). Hoje as fotos do casamento ficaram prontas. O casamento foi um dos dias mais felizes da minha vida, mesmo não sendo meu. Dois amigos meus casando, felizes, e eu junto do meu moço, vendo todo mundo, bebendo, dançando... Os problemas que aconteceram na viagem... que problemas?<br />
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E agora eu estou com tanta saudade que eu não consigo estar feliz. Eu não consigo ver as fotos sem ficar com vontade de chorar. Eu não consigo nem escrever do casamento aqui, e eu tento desde que ele aconteceu...<br />
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Eu sinto falta de estar perto. Dela, minha melhor amiga, e dele que, além de meu melhor amigo é o moço que eu amo tanto. E ela que nos apresentou, só pra depois eu apresentar o futuro marido pra ela, que também é alguém que eu amo muito.<br />
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É amor demais e eu nem entendo porque eu estou tão triste.<br />
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Saudade é algo que não deveria existir. Eu queria todos eles aqui perto de mim.simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-68058026321873307112009-11-25T04:27:00.000-02:002009-11-25T04:27:51.515-02:00uma cozinheira, quem diria?vou confessar aqui que eu sinto muito amor pela frança de vez em quando. eu, que sempre fugi da cozinha. eu, que não sei nem fazer arroz ou fritar ovo. eu, que faço manha pro namorado cozinhar e acompanho tudo da porta da cozinha, com medo do fogão explodir.<br />
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eu agora faço comida, e bem.<br />
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PIOR, eu faço a louca do supermercado. tipo hoje, pós um dia e meio de viagem são paulo - roma - paris - bayonne, dia no qual eu acordei sem nem saber onde eu estava, sem uma folha seca de alface na geladeira. fazer a louca do supermercado é entrar no carrefour e gastar 90 euros, em coisas como um quilo de couve de bruxelas (dois euros e cinquenta!!!), uma cafeteirinha (porque café solúvel estava me matando) e um pacote de dois quilos e meio de mini tangerinas (clementines aqui, por uns três euros). e, após tudo isso, pegar no google uma receita que misture as couves de bruxelas, cogumelos, amêndoas, pimenta, alho refogadinho, seguir a risca e a coisa ficar genial.<br />
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e após tudo isso estar aqui, sete e meia da manhã, num puta jet-lag, fazendo uma omelete de alho-poró e cogumelos ao vinho branco. e achar na caixinha de vegetais ( vegetais e legumes diversos numa caixinha por 5 euros) um raminho de tomilho e uma folha de louro, amarradinhos. tipo, não foi uma máquina que amarrou. alguém teve o saco de pegar o raminho, a folhinha, escolher, enrolar um barbante com cuidado pra nào quebrar nada e dar um lacinho.<br />
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isso é coisa de gente que gosta de comer bem e cozinhar, só pode. essa parte da frança eu amo muito.simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-31296775988124000752009-10-24T22:52:00.000-02:002009-10-24T22:52:36.628-02:00no meio do caminho tinha uma lavanderia, tinha uma lavanderia no meio do caminhotodo mundo me pergunta o que é mais difícil aqui na frança. é aprender a língua? é estar sozinha? é a conjunção astral atual e as implicações do rebaixamento de plutão do status de planeta? não.<br />
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meus caros, o que me fode a existência aqui na frança é lavar roupas.<br />
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algo aparentemente tão simples! e não é nem lavar as roupas em si. não tenho problema nenhum em fazer isso. o problema é que o universo conspira contra. quando eu nasci, provavelmente as nuvens se abriram e uma grande mão apontou pra mim enquanto gritava "não terá sucesso jamais em lavar roupas!"<br />
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pra usar a lavanderia da residência universitária é necessário comprar as fichinhas da máquina de lavar e da máquina de secar. problema número 1: o escritório que as vende só abre das 14:30 às 16:30, e eu tenho aula várias vezes nesse horário. ultrapassando esse problema, só existe uma máquina de cada tipo, então você tem que ter a sorte de pegá-las vazias.<br />
<br />
ok, vamos à primeira vez que eu consegui fazer isso tudo, um sábado às 8 da manhã. desci feliz e enchi a máquina de roupas e sabão. fechei a porta. enfiei a moedinha e... tudo se desligou. a máquina deu "pane" e ficou sem energia. melhor: comeu a minha moeda. bonus points!: a máquina só abre apertando um botão no painel eletrônico dela e, com a pane, minhas roupas ficariam presas lá. no sábado, 8h da manhã, e só teria alguém da administração na segunda.<br />
<br />
do lado das instruções de uso tinha um cartazinho: em caso de problemas ligue XXXXXXX. liguei pra XXXXXXX só pra escutar que "pane na máquina de lavar não classifica um problema. tu tu tu tu".<br />
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apesar da vontade de sentar no cantinho e chorar, eu subi até o ap e... peguei meu molho de chaves, meu canivete e o conjunto de chavinhas hexagonais que eu comprei pra arrumar a bicicleta. e passei uns bons 20 minutos entortando chaves, quebrando chavinhas e arranhando a máquina pra tentar forçar a porta, o que não funcionou. duas horas depois a máquina acordou do pane e, com uma nova moeda, consegui lavar a roupa. ok, essa vez deu certo.<br />
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na vez seguinte, eu só consegui a máquina vazia 21:10, mais ou menos. tem um cartaz na lavanderia dizendo que é proibido lavar roupa após as 22h, e que a ultima carga deveria ser feita antes das 21h pra uma lavagem completa. desesperada pela falta de roupas, decidi arriscar e apertei "lavagem rápida", que dizia demorar 45 minutos. ou seja, a tempo, né? não. às 22h, com o mostrador bizarro da máquina dizendo que ainda faltavam 6 minutos (!!!), a máquina apagou sozinha. porque, veja bem, eram 22h. e é proibido lavar roupa após as 22h. devolta, minhas roupas estavam presas na máquina. e lá ficaram até as 8h da manhã seguinte, quando a máquina religou e terminou os 6 minutos de lavagem enquanto eu esperava sentada num balde, querendo me afogar numa poça de água. mas OK, ainda fiquei com as minhas roupas.<br />
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daí agora nessa terceira vez, resumindo bem, algum filhodaputa tirou a minha carga de roupas da máquina e colocou no chão. minhas roupas lavadinhas e limpinhas, no chão. porque passaram DOIS MINUTOS entre o tempo do fim da lavagem e eu descer pra pegar as roupas. deu vontade de cancelar a lavagem dele, juro. (sei que era algum garoto pelas cuecas girando na máquina). deu vontade de abrir a máquina e jogar sucrilhos lá dentro com as roupas dele. mas eu sou legal e só desejei que ele rolasse escada abaixo no escuro a próxima vez que descesse pra lavanderia com uma pilha de roupas pra lavar. só isso.<br />
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e agora, depois dessa lavagem, e de esfregar calças jeans no chuveiro na mão, por falta de moedinhas pra lavá-las... (não que eu não tenha dinheiro, mas acabaram as moedinhas pra vender no escritório. tá, eu também estou sem dinheiro, mas não foi esse o motivo). depois de tudo isso, não é que eu estou a 3 dias com um apartamento cheio de roupas pra secar e nada seca? e eu viajo amanhã por uma semana sem roupa nenhuma, quase? juro, o tempo só fica mais e mais umido, e a impressão é que a roupa só fica mais e mais molhada. hoje o chão do meu apartamento estava um pouco molhado quando eu entrei, de tanta água no ar.<br />
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eu desisto. como disse a leleca, vou virar macha e começar a usar as roupas do lado contrário quando elas ficarem sujas, viusimonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-36932630796015818122009-09-20T20:06:00.002-03:002009-09-30T20:59:03.045-03:00this loneliness, it just won't leave me alone<object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/qu7-Qu6Gf2I&hl=fr&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/qu7-Qu6Gf2I&hl=fr&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object><br /><br /><br /><br />oh, portishead...<br /><br />esse vídeo está uns dias atrasado. eu agora já não estou me sentindo mais tão sozinha... :)<br /><br />os primeiros dias aqui em bayonne foram meio complicados pra mim. ficar sozinha sempre é meio tenso, já que eu não lido muito bem com isso de não ter um interlocutor. adicione a isso o fato de eu ter chego aqui dois dias antes do meu aniversário, e do meu francês ter piorado muito nos últimos anos. <div><br /></div><div>pra ser bem sincera, antes da viagem e nas duas primeiras semanas de morar aqui, meu francês foi piorando progressivamente. eu falava menos e menos, esquecia palavras, mudava automaticamente pro espanhol (que eu não falo), apelava pra mímica e abraçava o dicionário. nos últimos dias ele têm melhorado bastante, a ponto de eu chegar em casa pensando em francês, enfiar palavras francesas nas conversas com a minha família, etc.<br /></div><div><br /></div><div>tem sido bastante gostoso e ao mesmo tempo bastante traumático. eu ainda fico repetindo como um disco riscado que eu passei meu aniversário sozinha. só o aniversário não, caralho. eu passei a primeira semana inteira aqui sozinha, já que a responsável pelos intercambistas se demitiu duas semanas antes da minha chegada e acredito que os funcionários da universidade estivessem tão perdidos como eu. </div><div><br /></div><div>pra dar uma ideia do desespero: no sábado pós aniversário, ainda sem conhecer ninguém fora a secretária do curso, a tia da limpeza aqui do prédio e a gerente do banco, eu escrevi bilhetes num francês quebrado, explicando que tinha acabado de chegar na frança, não conhecia ninguém, que vim do brasil, que queria fazer amigos. então. desde então, eu sou "la fille du s.o.s amitié". claro, começaram as aulas, eu fiz amigos, conheci a re que é brasileira também, mas cada vez que me apresento pra alguém aqui é a mesma coisa "aaaaaah, est tu la... " "oui, oui, c'est moi!" e risadas. é um bom quebra gelo, na verdade!</div><div><br /></div><div>note que eu não estou mais sozinha, mas a carência ainda não está nas condições normais de temperatura e pressão. acho que essa vai ser a parte mais difícil de administrar por aqui.</div><div><br /></div><div>mas, de verdade: eu tenho que fazer um post depois só contando das coisas boas. da cidade ser linda. de como eu posso pegar uma bike e ir pra biarritz com a re, a brenda e o benjamin e passar o dia na praia fazendo nada. de como é gostoso ter a minha casa, e chamar o povo pra vir aqui de bobeira, ou passar uma tarde deitada na grama conversando. só conversando. </div><div><br /></div><div>tem horas que eu queria voltar, tem horas que eu quero ficar aqui pra sempre. ainda não sei direito o que vai sair mais forte. a única coisa que eu tenho certeza é que eu já mudei bastante nesse mês, e que não faço idéia de que simone vai voltar pra casa no fim das contas. eu já sou uma criatura com medos e manias completamente diferentes, e gosto bastante de mim assim.</div>simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-10975874293724643472009-09-19T07:35:00.002-03:002009-09-19T07:45:01.297-03:00oh la laa vida aqui na frança está divertida. começou tudo pela viagem, que já foi bem absurda por si só. assim que cheguei no aeroporto cansada, fedida, com duas malas de 32kg comigo, entrei no táxi de um marroquino onde passei 20 minutos conversando numa mistura de francês, inglês, espanhol, português e alemão. quase saí de lá doida! a criatura me largou em austerlitz, onde eu tinha que pegar o meu trem. ok<div><br /></div><div>mas como você pega o trem com duas malas de 32kg? a bagagem toda, somada, é 10kg mais pesada que eu (!!!) considerei seriamente abandonar uma das duas malas, aleatoriamente, na estação, mas dois velhinhos gente boa me ajudaram a levar as malas pra dentro, colocar tudo em algum canto, e depois descer rapidamente quando o trem chegou. sim, os franceses são cavalheiríssimos!</div><div><br /></div><div>os primeiros dias foram bem complicados. como não tinha aula e não conhecia ninguém, passei a maior parte do tempo sozinha. fiz faxina na minha casa pela primeira vez na vida (pode parar de rir já, mãe!), fiz as compras, consegui lidar com a burocracia, pagar o aluguel, etc.</div><div><br /></div><div>nisso tudo, o mais difícil foi passar o aniversário sozinha. sim, eu tive a "sorte" de fazer aniversário assim que cheguei aqui, enquanto não conhecia ninguém. meu aniversário não teve festa, mas sim muito choro pelo skype e muita vontade de voltar pra casa do leandro. eu geralmente sou uma pessoa tranquila e bem humorada, mas esses dias foram tensos.</div><div><br /></div><div>mas agora tudo tá mais legal. conheci um bocado de gente já (estudam comigo uma basca, um espanhol, dois irlandeses e uma venezuelana). além disso, mora um brasileiro aleatório aqui, e anteontem eu conheci a renata, que é brasileira e vai estudar comigo. OMG, O ALÍVIO!!!! não dá nem pra começar a descrever o alívio que foi encontrar essa guria aqui. virou amiga de infância na hora. </div><div><br /></div><div>saímos quinta pra beber com os amigos franceses dela, daí viemos aqui pra casa pra conversar enchendo a cara de vinho, e fomos pra rua mais tarde, já que quinta aqui é noite dos estudantes. desnecessário apontar que eu mal lembro como cheguei em casa. </div><div><br /></div><div>daí agora vamos pra biarritz, que dizem que é linda. o daniel passou aqui em casa agora, com dois amigos, e me acordou. eu não sabia se respondia em português, francês, espanhol ou mímica, mas o convite foi feito e eu e re iremos pra praia na chuva. porque praia bonitinha no sol é pros fracos.</div><div><br /></div><div><br /></div><div>e eu não podia estar mais feliz... :)</div>simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-45065585644877902522009-09-08T14:10:00.001-03:002009-09-08T14:10:47.171-03:00coisas que anotei no aviãoCara, passa Big Bang Theory no avião. Estou oficialmente de "bom humor", tanto quanto for possível após ter chorado um monte e basicamente molhado o Leandro inteiro. O avião ainda para no Rio, onde eu troco pro que realmente vai pra Paris. Wait and see. O episódio é aquele em que eles compram a máquina do tempo do filma "A máquina do tempo".<br /><br />Opa, peraí. episódio na metade e a gente já vai pousar. Ok, fail my life.<br /><br />*****<br /><br />Ok, deu tempo de assistir o episódio exatamente até o final. Começaram os créditos, apagou a tv e começou o desembarque. Dos outros, é claro. Eu fiquei no avião, junto com uma dúzia de gatos pingados. Na verdade nào vamos trocar de avião. Tô aqui assistindo a limpeza da a-e-ro-na-ve, troca dos fones de ouvido, carregamento de suco de laranja, etc. Descobri que embaixo do banco tem uma tomada que dá pra carregar o notebook. Considerando que eu estou com toda a segunda temporada de "how i met your mother" aqui... a vida acabou de ficar melhor!!<br /><br /><br />*****<br /><br />Liguei meu celular rapidinho e chegou uma mensagem do Leandro, dizendo que me ama, que a viagem vai ser ótima, que eu vou amar. Estou dando vexame no avião, chorando que nem boba. A equipe de limpeza da Tam ofereceu um lencinho de papel. Alguém me empresta um celular pra ligar pra ele, já que o meu não tem mais crédito?<br /><br />*****<br /><br />Colegas novos de vôo começaram a embarcar e eu ainda tô chorando. E agora, bial? Crianças gritam e tem gente criando briga. Eu só penso na temporada inteira de "How I met your mother" e no fato de que eu deveria estar estudando francês ao invés de ficar assistindo séries.<br /><br />*****<br /><br />Começou o voo pra Paris. Mesmo vídeo de segurança na cabine, cobertores de graça, necessaire de graça, fones, blablabla de graça, e o mesmo episódio de Big Bang Theory passando. como ou jacú, assisto devolta.simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-1125917765285510682009-09-07T10:25:00.001-03:002009-09-07T10:27:25.361-03:00start spreading the news<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/elb5SMWuf6A&hl=fr&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/elb5SMWuf6A&hl=fr&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><br />eu ia fazer um post melhor, mas não deu tempo. no caso, se vocês trocarem "new york"por "bayonne", a música já explica tudo. fica igualzinho, juro! :)<br /><br />fato é que, sendo esse meu último dia aqui em sp por um tempo, eu vou passá-lo com o leandro e com a minha mãe. e, quando chegar na frança, dou um jeito de escrever aqui.<br /><br />mas de qualquer forma, são só alguns meses lá e eu já volto.<br /><br />à bientôt! :Psimonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-63665232145432741922009-06-03T06:06:00.005-03:002009-06-03T09:10:39.084-03:00I hope. I think, I know<a href="http://picasaweb.google.com/lh/photo/jghYO1jFFWnsC4T-FhsGyQ?authkey=Gv1sRgCL62s_XixcXR-QE&feat=embedwebsite"><img src="http://lh3.ggpht.com/_52QSRGoBDHQ/SgewnhSd6DI/AAAAAAAAAmc/UCeRj9Oz79g/s800/MOV01042.jpg" /></a><br /><span style="font-size:78%;">(olá, clique em mim! eu sou um vídeo ruim e desfocado, mas muito feliz!)<br /></span><br /><br />Pela primeira vez desde que eu criei esse blog apareceu um comentário anônimo aqui. Reclamando que eu reclamo muito da vida (?), o que é muito estranho, já que pra haver blog tem que haver reclamação. Eu tenho QUASE certeza que isso está nos termos de uso do blogger ( algo como "usos necessários do espaço: WHINE A LOT") mas tô com preguiça de procurar. Obviamente, quando tá tudo ótimo e eu tô feliz, o tempo é gasto indo em botecos, bebendo e sendo feliz. Pra que diabos eu ia gastar meu tempo reclamando enquanto meu chopp esquenta, hein? Conformismo? Desculpe, não fomos apresentados! Vou apagar não, vai ficar lá o comentário. Até achei engraçadinho :)<span style="font-size:85%;"><br />*** update:<a href="http://womenageatrois.blogs.sapo.pt/"> e não sou só eu que acho isso! :) </a></span><br /><br />Só pra ser chata, eu não ando com muita coisa pra reclamar, não. Só o mesmo de sempre. Enxaqueca. Não consigo dormir. Minha monografia não vai ser apresentada pelo fato de que ela JAMAIS irá acabar. Ela é o tecido de Penélope, eu escrevo de dia e ela se apaga à noite. Juro. Tenho provas (nem).<br /><br />Mas mesmo assim eu tenho coisas bem melhores pra ocupar a cabeça. Umas semanas atrás teve show do Oasis aqui em Curitiba, e eu convenci o Leandro a ir comigo. Nunca, nunca, NUNCA vá com uma doida no show da banda favorita. Em 2006, última vez que eles vieram pra cá, eu fiquei na grade e voltei com as costelas roxas. Até entrei na rodinha de porrada quando eles tocaram "My Generation", como fim do show. Nesse, não fui tanto pra frente (pra sorte do meu namorado e do meu primo pré-adolescente que tava com a gente), mas pulei que nem doida, gritei as letras, dei vexame. E o Leandro com uma paciência milenar, me levantando nas costas nas músicas mais legais, cantando alto junto, quase perdendo o ônibus pra voltar pra SP só pra ir comigo. E isso que ele pagou o ingresso inteiro, coitado. E nem é tão fã. Mas sempre tem um ponto alto descobrir que seu namorado consegue te segurar no colo por mais de 5 minutos sem cansar (hehehehehe). O vídeo ali em cima está uma merda porque o foco da câmera morreu e eu não poderia me importar menos. Eu tava só pulando com a mão pra cima, os momentos em que eu enquadrava o palco eram puro acaso. Tava mais ocupada em ver que em filmar, mal aí. :)<br /><br /><br />E aí essa semana teve o noivado relâmpago <a href="http://cha-tice.blogger.com.br/">dela</a>, que não só é minha melhor amiga e prima do Leandro como foi a responsável por a gente estar junto. (Ela nos trancou pra fora de casa no ano novo e disse que a gente só entrava depois que acabasse com a frescura e algo acontecesse. Aconteceu, continua acontecendo, e tudo mais o que houver é culpa dela.) O Leônidas me pediu sexta de noite pra ajudar ele com o noivado que seria... sábado de tarde. Umas 15 horas de prazo. E foi tudo muito legal, ela chorou, todo mundo bebeu, e eles vão casar mesmo já morando juntos e viajado pra Lua de Mel. Ordem correta das coisas? Não trabalhamos ;D<br /><br />E agora a cereja no topo do bolo que tá sendo esse ano. Depois de tanto pedir pra sumir daqui, depois de tanto pedir pra ser abduzida, sequestrada, expatriada, tudo deu certo. Vocês conseguiram, estão se livrando de mim. Eu vou ali viajar um tempo, conhecer o mundo lá fora (oi, fora da internet?) e já volto. Claro que isso traz uma série de novas preocupações. Como eu sou uma falida completa, preciso ficar pesquisando todas as opções possíveis de economizar. Já encontrei uma galeria de arte perto do alojamento estudantil que faz coqueteis gratuitos todas as quartas-feiras, o que significa que uma vez por semana eu terei janta/bebida de graça. SIM, eu sou jacú a esse ponto. Comecei a falar com umas meninas que me disseram pra levar sapatos e calcinhas daqui, porque lá, além de caros, eles são meio estranhos. Coisas do tipo "aqui só existe calcinha de vó ou fio dental. tanga, só de renda. conforto zero". Ou seja, preciso levar calcinhas pra um ano? Quantas calcinhas se gasta em um ano? Já que o namorado vai ficar aqui, posso levar tudo em BEGE e morrer de falta de tesão por mim mesma lá?<br /><br />E, como não poderia deixar de ser, o lugar que eu vou é o mais estranho possível. É França, mas é a 20km da Espanha. Foi colonizado pela Inglaterra. É ponto de refúgio Turco. É País Basco. Tem praia, montanha, rios, castelos, catedrais, tudo em 20km2. Eu não poderia estar mais apaixonada e apavorada. Não podia ser mais a minha cara. Eu já quero viver lá pra sempre.<br /><br />Pode deixar que eu vou reclamar bastante, ainda. Mesmo com tudo isso. E, de preferência, misturando umas três línguas na mesma frase :)simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-51377945655728947212009-05-04T21:04:00.002-03:002009-05-04T21:16:52.394-03:00televisa, me contrata!aproveitando que hoje é meu primeiro dia de "desempregada", venho aqui pedir emprego no blog: TELEVISA, ME CONTRATA! minha vida já anda com cara de novela mexicana, nem ligo de enfiar uma gripe do bacon aí no meio.<br /><br />primeiro expliquemos o desemprego: minha vida está tão de ponta cabeça que não há mais tempo para o trabalho, então pedi pra sair do estágio. era isso ou prejudicar (mais) meu tempo de sono e higiene pessoal, e isso já estava se tornando meio polêmico. assim, dia 1o de maio, dia do trabalho, foi meu primeiro dia de desemprego, já que trabalhei até o fim do mês de abril. mas como é feriado, não conta. aí vem fim de semana... e finalmente segunda-feira, dia de inaugurar o desemprego. <br /><br />como não tinha que bater ponto 8h no escritório, dormi hoje ainda com o leandro, quase atrasei ele pro trabalho de manhã, etc. fiz propostas de emprego bizarras pra ele do tipo " me contrata de despertador! eu posso morar na sua cama!" (ao que ele responde "você não acorda de manhã, eu ia ter que te acordar pra você ME acordar?"). foi bonitinho, foi gostoso, foi legal, vim pra curitiba com um sorriso na cara na viagem toda de ônibus.<br /><br />maaaaaaaas como a vida é uma novela mexicana, ônibus atrasou, choveu, passei frio, e minha mãe fez a tal da cena no meu orkut (sinal dos céus de que é hora de apagar aquele troço). dona marilia deixou scraps do tipo "onde você está??" "porque não atende o celular??". ligou pra meio mundo. cheguei e tinha uma mensagem do leandro dizendo "oi, sua mãe está desesperada atrás de você, ligue pra ela". melhor que isso só umas duas semanas atrás quando ela me deixou o scrap "esqueceu que você tem MÃE????" <br /><br /> aí dá-lhe uma semana com todo mundo vindo te perguntar se sua mãe finalmente conseguiu falar contigo, que ela ligou não sei quantas vezes na casa de fulano, mandou email pra ciclano, etc. <br /><br />e eu viajo pra são paulo toda semana. tenho medo de me mudar pra lá e receber scraps desses todo dia. terei que levar minha mãe junto, tô vendo.<br /><br /><br />aí que vira novela mexicana, mas pro leandro. além de ter que me aguentar, vai ter que viver com a sogra??? :Psimonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2025170813644827650.post-49005311369718363142009-02-20T01:13:00.004-03:002009-02-20T01:36:23.059-03:00agora só quero morrer de formas fáceis de explicar<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9nFdV_yu-NIoGSU9eTlLzz-2BSq32uETjTrl0_-LoRcyq0I3bjj31PG0oav71JQb5ht581EH5h3MOINtpqH_rdpXYoRYJ43udF7qL_G8pdae4TkmJ1y5TFtA4ttQ1MlB20crTxCiOUlk/s1600-h/verdade.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 233px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9nFdV_yu-NIoGSU9eTlLzz-2BSq32uETjTrl0_-LoRcyq0I3bjj31PG0oav71JQb5ht581EH5h3MOINtpqH_rdpXYoRYJ43udF7qL_G8pdae4TkmJ1y5TFtA4ttQ1MlB20crTxCiOUlk/s400/verdade.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5304728192405484642" /></a><br /><div>a vida ainda está esquisita. tudo está normal no reino da noruega. (era noruega?)</div><div><br /></div><div>anteontem eu saí da sala pra respirar porque tinha uma professora falando um bocado de besteira e eu, pra não interromper, decidi sair e dar um passeio. a mulher falava irritadíssima que "PATENTEARAM O AÇAÍ!!! OS AMERICANOS PATENTEARAM O AÇAÍ!!!". longe de mim ser direitista ou usa-lover, mas foi bem diferente, registraram a marca, uma patente é outra coisa, e PELAMOR, eu já me sinto chata só de ter começado a escrever sobre isso. </div><div><br /></div><div>aliás, taí outro problema da minha vida: propriedade intelectual. não, ninguém veio apreender meu hd de 750 gigas (no qual eu poderia morar, já que tem mais espaço que o meu quarto). o negócio é que o outro estagiário lá do escritório saiu, então as minhas horas aumentaram e a carga de trabalho também. e minha monografia é sobre infração de marca nos links patrocinados do google (oi?). e tô acompanhando o julgamento do pirate bay por blog, twitter, jornal, torcida, etc. tá hilário, até o momento. convenhamos que brigar com o pirate bay é pedir pra ser ridicularizado. e brigar legalmente com eles é um pezinho no suicídio profissional pra qualquer advogado. e duas meninas da minha sala mandaram currículo pra serem estagiárias no mesmo lugar que eu trabalho, o que quer dizer que eu teria que falar disso TAMBÉM na faculdade. eu gosto disso, mas estou mono-ciclo-temática-reduntante. kill me now, kill me now, kill me now, kill me now.</div><div><br /></div><div><br /></div><div>aliás, falando em kill me, eu PRECISO compartilhar o episódio mais ridículo das minhas férias. eu morro mas não deixo de contar isso pras pessoas, porque se na próxima vez eu efetivamente morrer em circunstancias tão bizarras, ao menos uma explicação vocês terão.</div><div><br /></div><div><br /></div><div>eu passei boa parte das férias em são paulo, fazendo monografia e comendo bolo o dia inteiro enquanto o leandro trabalhava. ele chegava, eu fazia janta (tentava, ao menos), etc, bem dona de casa. no meio da semana, numa manhã bem parada, eu saí do banho e fui pro quarto me arrumar, enrolada na toalha e pingando água pra todos os lados. assim que eu cheguei no quarto, o notebook reclamou de falta de bateria (estava em cima da cama, preguiçosamente). peguei meu filho esfomeado, deixei a toalha em cima da cama, peguei o cabinho de energia e fui em direção à tomada. eu, pelada, notebook, cabo de energia. só que a tomada fica do lado da janela, no canto do quarto onde as minhas coisas estavam jogadas. de alguma forma loira e bizarramente descordenada, eu fui desviar de um par de tênis e pisei no cabo de energia. o notebook caiu em cima da cama e eu tropecei, em direção à janela. e bendita seja éris, deusa do discordianismo, que a janela do leandro, mesmo sendo baixíssima (uns 30 cm do chão) tem uma gradinha na parte de baixo, tipo uma varandinha. e eu bati que nem uma jacú com o corpo nessa gradinha, e sabe-se-la como não voei PELADA 9 andares até o chão.</div><div><br /></div><div>imaginem vocês o leandro recebendo uma ligação no trabalho, com o zelador falando "oi, sua namorada acaba de se matar, pelada, pulando da janela". imaginem meus pais tentando entender. imaginem essa situação indo parar na tribuna. depois disso tudo, eu fico achando que metade das mortes da tribuna podem ser frutos de situações jacús assim. eu sentei na cama e chorei, e ri, e chorei, e ri... isso durou mais ou menos uma hora. </div><div><br /></div><div>lição do dia: só correr riscos jacús e desnecessários vestida.</div>simonehttp://www.blogger.com/profile/15738460143888929660noreply@blogger.com7