3 de junho de 2009

I hope. I think, I know


(olá, clique em mim! eu sou um vídeo ruim e desfocado, mas muito feliz!)


Pela primeira vez desde que eu criei esse blog apareceu um comentário anônimo aqui. Reclamando que eu reclamo muito da vida (?), o que é muito estranho, já que pra haver blog tem que haver reclamação. Eu tenho QUASE certeza que isso está nos termos de uso do blogger ( algo como "usos necessários do espaço: WHINE A LOT") mas tô com preguiça de procurar. Obviamente, quando tá tudo ótimo e eu tô feliz, o tempo é gasto indo em botecos, bebendo e sendo feliz. Pra que diabos eu ia gastar meu tempo reclamando enquanto meu chopp esquenta, hein? Conformismo? Desculpe, não fomos apresentados! Vou apagar não, vai ficar lá o comentário. Até achei engraçadinho :)
*** update: e não sou só eu que acho isso! :)


Só pra ser chata, eu não ando com muita coisa pra reclamar, não. Só o mesmo de sempre. Enxaqueca. Não consigo dormir. Minha monografia não vai ser apresentada pelo fato de que ela JAMAIS irá acabar. Ela é o tecido de Penélope, eu escrevo de dia e ela se apaga à noite. Juro. Tenho provas (nem).

Mas mesmo assim eu tenho coisas bem melhores pra ocupar a cabeça. Umas semanas atrás teve show do Oasis aqui em Curitiba, e eu convenci o Leandro a ir comigo. Nunca, nunca, NUNCA vá com uma doida no show da banda favorita. Em 2006, última vez que eles vieram pra cá, eu fiquei na grade e voltei com as costelas roxas. Até entrei na rodinha de porrada quando eles tocaram "My Generation", como fim do show. Nesse, não fui tanto pra frente (pra sorte do meu namorado e do meu primo pré-adolescente que tava com a gente), mas pulei que nem doida, gritei as letras, dei vexame. E o Leandro com uma paciência milenar, me levantando nas costas nas músicas mais legais, cantando alto junto, quase perdendo o ônibus pra voltar pra SP só pra ir comigo. E isso que ele pagou o ingresso inteiro, coitado. E nem é tão fã. Mas sempre tem um ponto alto descobrir que seu namorado consegue te segurar no colo por mais de 5 minutos sem cansar (hehehehehe). O vídeo ali em cima está uma merda porque o foco da câmera morreu e eu não poderia me importar menos. Eu tava só pulando com a mão pra cima, os momentos em que eu enquadrava o palco eram puro acaso. Tava mais ocupada em ver que em filmar, mal aí. :)


E aí essa semana teve o noivado relâmpago dela, que não só é minha melhor amiga e prima do Leandro como foi a responsável por a gente estar junto. (Ela nos trancou pra fora de casa no ano novo e disse que a gente só entrava depois que acabasse com a frescura e algo acontecesse. Aconteceu, continua acontecendo, e tudo mais o que houver é culpa dela.) O Leônidas me pediu sexta de noite pra ajudar ele com o noivado que seria... sábado de tarde. Umas 15 horas de prazo. E foi tudo muito legal, ela chorou, todo mundo bebeu, e eles vão casar mesmo já morando juntos e viajado pra Lua de Mel. Ordem correta das coisas? Não trabalhamos ;D

E agora a cereja no topo do bolo que tá sendo esse ano. Depois de tanto pedir pra sumir daqui, depois de tanto pedir pra ser abduzida, sequestrada, expatriada, tudo deu certo. Vocês conseguiram, estão se livrando de mim. Eu vou ali viajar um tempo, conhecer o mundo lá fora (oi, fora da internet?) e já volto. Claro que isso traz uma série de novas preocupações. Como eu sou uma falida completa, preciso ficar pesquisando todas as opções possíveis de economizar. Já encontrei uma galeria de arte perto do alojamento estudantil que faz coqueteis gratuitos todas as quartas-feiras, o que significa que uma vez por semana eu terei janta/bebida de graça. SIM, eu sou jacú a esse ponto. Comecei a falar com umas meninas que me disseram pra levar sapatos e calcinhas daqui, porque lá, além de caros, eles são meio estranhos. Coisas do tipo "aqui só existe calcinha de vó ou fio dental. tanga, só de renda. conforto zero". Ou seja, preciso levar calcinhas pra um ano? Quantas calcinhas se gasta em um ano? Já que o namorado vai ficar aqui, posso levar tudo em BEGE e morrer de falta de tesão por mim mesma lá?

E, como não poderia deixar de ser, o lugar que eu vou é o mais estranho possível. É França, mas é a 20km da Espanha. Foi colonizado pela Inglaterra. É ponto de refúgio Turco. É País Basco. Tem praia, montanha, rios, castelos, catedrais, tudo em 20km2. Eu não poderia estar mais apaixonada e apavorada. Não podia ser mais a minha cara. Eu já quero viver lá pra sempre.

Pode deixar que eu vou reclamar bastante, ainda. Mesmo com tudo isso. E, de preferência, misturando umas três línguas na mesma frase :)

4 comentários:

Camila disse...

Ah, menina, mas esse povo gosta de reclamar da reclamação dos outros, né? Um colega meu faz isso no Twitter. Reclama de todo mundo que fala isso ou aquilo por lá. Aí cansei e falei pra ele: "dá unfollow, não é mais fácil???". Porra. Aí ele disse que se ele fizer isso, vai falar sobre o quê? Então é isso, tem gente que gosta de reclamar (e blog É LUGAR PRA ISSO) e tem gente que gosta de fingir que é bem-resolvido e reclama da reclamação dos outros. Acho a primeira categorai mais sincera.

Ai, me manda cartão postal de lá??? (pidona)

Stella disse...

E vai deixar a gente saber de todas as viagens sensacionais que farão parte desse tempo fora, né? Né. Amém. Oremos!
Tô comendo Nutella, lembrei da senhora. :~
:*

Lolla disse...

Manda à merda esse povo que "não gosta de reclamação", please. Não gostam de reclamação e RECLAMAM disso? Aham. Pau no cu.

E olha, medo: vou te visitar no País Basco (morro de vontade). Descola um pedaço de chão onde eu possa estender um lençol e we're all set. :)

disse...

Um dia, quem sabe eu tbm tenha essa experiência.